Sem China, Brasil tem trimestre fraco nas exportações

Números parciais de dezembro/21 são divulgados e a tendência é que as exportações de carne bovina no 4º trimestre de 2021 seja as piores desde 2018

Caminhando para o termino da segunda quinzena de dezembro/21, o mercado físico do boi gordo em São Paulo inicia a semana com as escalas de abate confortáveis, próximas a oito dias úteis, possibilitando maior liberdade a indústria frigorifica de testar cotações mais baixas para seguir compondo suas programações. Com isso, a referência dos negócios concretizados ficou próximo a média de R$ 312,00/@. Na B3, o contrato futuro do boi gordo com vencimento para dez/21, encerrou o dia cotado em R$ 309,45/@, recuperando 0,62% no comparativo diário.

Durante a última semana 21,99 mil toneladas de carne bovina in natura foram exportadas, média de 4,40 mil t/dia, 16,83% de queda no comparativo semanal. Até o momento, dez/21 acumula um volume de 37,85 mil toneladas embarcadas do produto, o equivalente a 26,56% de todo o mês em 2020. A tendência é que o mês feche abaixo das 95 mil toneladas exportadas de proteína bovina in natura.

Boi gordo pelo Brasil

Na região de Redenção – PA, as escalas de abate confortáveis e o menor empenho dos compradores também pressionaram as cotações do boi e vaca gordos, registrando queda de R$2,00/@ na comparação diária. A cotação da novilha ficou estável.

Mesmo cenário para a região de Campo Grande – MS, resultando em queda de R$3,00/@ para o boi gordo, R$1,00/@ para a vaca e R$4,00/@ para a novilha.

Foto: Divulgação

Apesar das chuvas no sul do Brasil, o milho continua a ter os preços sustentados no físico e no futuro devido as perdas já causadas pela seca. Em Campinas/SP, a saca é negociada na média dos R$ 88,00 e na B3 o vencimento jan/22 subiu 0,57%, fechando o primeiro pregão da semana cotado a R$ 93,73/sc.

Com 744,05 mil toneladas exportadas na última semana, o volume embarcado de milho avançou 80,33% no comparativo semanal. A média diária das vendas externas está em 144,58 mil toneladas e com isso o mês corrente totaliza 1,16 milhões de toneladas exportadas, volume 34,51% a menos que o mesmo período em 2020. O preço médio de venda do produto está em US$ 241,2/t, com dezembro/21 totalizando um montante de US$ 279,02 milhões com as vendas internacionais, o equivalente a 30,10% de todo o dez/20.

Foto: Divulgação

Chuvas na América do Sul trouxeram fortes recuos nas cotações CBOT, refletindo em desvalorizações nos mercados físico futuro brasileiro. A oleaginosa disponível em Paranaguá/PR é negociada na média dos R$ 163,00/sc.

Durante a última semana 831,98 mil toneladas de soja foram exportadas, média de 166,40 mil ton/dia, 59,02% de alta ante a semana retrasada. Os 8 primeiros dias úteis de dez/21 totalizam 1,14 milhões de toneladas embarcadas da oleaginosa, 4,2 vezes mais que todo o mês no ano passado.

Com dados da Agrifatto e SCOT Consultoria

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