Com crescimento de 50% em área, recorde de 240 expositores e expectativa de 25 mil visitantes de mais de 40 países, a 13ª edição da SIC acontece de 5 a 7 de novembro, no Expominas (BH), e foca em inovação, sustentabilidade e mercado global do café
A partir desta quarta-feira (5/11), Belo Horizonte volta a ser a capital mundial do café. A 13ª Semana Internacional do Café (SIC) chega à maior edição de sua história — 50% maior em espaço, ocupando 20 mil m², com 240 expositores de café e uma projeção de R$ 150 milhões em negócios durante os três dias de evento. A organização estima a presença de 25 mil pessoas, vindas de mais de 40 países, em um encontro que integra toda a cadeia, do campo às cafeterias, e reafirma o protagonismo do café brasileiro no cenário global.
Por que esta edição é estratégica
Sob o tema “Café em Transformação – Inovação, Sustentabilidade e Oferta do Mercado Global”, a SIC 2025 promove debates e conexões diretamente ligados às grandes forças que moldam o setor: novas tecnologias, modelos de produção sustentáveis, exigências do comércio internacional e tendências de consumo. O contexto é oportuno: além de Minas Gerais seguir como líder nacional, com 26 milhões de sacas (cerca de 47% da produção brasileira), o ano é marcado pela atenção às agendas climáticas que culminam na COP30. Em meio a um quadro geopolítico e comercial mais exigente, a SIC se coloca como plataforma de articulação e vitrine de soluções de alto impacto para produtores, torrefadores, compradores e empreendedores.
Oito frentes para impulsionar negócios e conhecimento
A programação foi desenhada para gerar resultados práticos e visibilidade a todos os elos da cadeia. São oito pilares:
- Simpósio e Fórum: encontros de alto nível que antecipam tendências técnicas, mercadológicas e regulatórias, reunindo lideranças e especialistas.
- A Exposição: estandes, ativações e demonstrações de produtos, serviços e tecnologias em todo o ciclo do café.
- Salas de Cupping: vitrines qualificadas para provar safras recentes, conectar compradores e fechar negócios.
- Coffee of the Year (COY): seleção e reconhecimento dos melhores cafés do Brasil, valorizando novas origens e microrregiões.
- Rodada de Negócios: agenda estruturada para aproximação entre produtores e compradores, com foco em parcerias e contratos.
- Festival Café da Semana: novo espaço que celebra a cultura das cafeterias, aproximando microtorrefações, baristas e coffee lovers.
- Campeonatos & Prêmios: Brasileiro de Blends, Golden Cup Brasil, Brasileiro de Barista, Florada Premiada, Espresso Design e Torrefação do Ano Brasil.
- Encontros & Workshops: trilhas de capacitação, gestão, origem e inovação, com debates técnicos e trocas entre públicos distintos.
Negócios no centro
A Rodada de Negócios reflete a proposta do tema ao proporcionar um ambiente estruturado e objetivo para a apresentação de lotes, fechamento de contratos e abertura de mercados. Para produtores de diferentes perfis, é a chance de diversificar canais, acessar compradores internacionais e precificar com mais informação. Nas Salas de Cupping, a diversidade de origens e processos ganha palco, impulsionando posicionamento de qualidade e valor agregado.
Visões de liderança
Para Caio Alonso Fontes, CEO da Espresso&CO, a SIC se consolidou como principal plataforma de negócios do setor no Brasil e uma das mais relevantes globalmente, ampliando sua dimensão para “antecipar tendências, abrir mercados e gerar resultados concretos para toda a cadeia”.
Do ponto de vista do ecossistema mineiro, Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar, ressalta que Minas responde por cerca de 47% da produção brasileira e que a SIC é um espaço de diálogo e conexão para fortalecer e valorizar a cafeicultura do estado, tradicional e inovadora.
Na agenda de competitividade e gestão, Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, destaca que o futuro do café passa por sistemas regenerativos, inteligência artificial e cafés funcionais, além de novos formatos de produto e experiência que extrapolam a xícara.
Pelo setor público, o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Thales Fernandes, define a SIC como estratégica: vitrine de tendências e tecnologias, oportunidade para novos mercados e difusão de boas práticas por meio de Emater-MG, Epamig e IMA.
Festival Café da Semana: experiência e consumo
Novidade desta edição, o Festival Café da Semana cria uma área de experiência com atmosfera leve para reunir negócios e apaixonados por café. O espaço valoriza cafeterias, microtorrefações e baristas, e abre as portas do evento ao consumidor final (coffee lovers), que terá acesso no dia 7/11, via ingresso específico. É uma ponte direta entre marcas e público, fortalecendo o consumo qualificado e a educação sensorial.
Campeonatos e reconhecimento que movimentam a cadeia
Competições como o Brasileiro de Barista, o Golden Cup Brasil e o Concurso Florada Premiada elevam padrões, dão visibilidade a talentos e ajudam a posicionar marcas e origens. No domingo da SIC, o Coffee of the Year cumpre o papel de mapear e celebrar os cafés que marcaram a safra, estimulando inovação na fazenda e narrativas de origem no mercado.
Serviço — como participar
- Quando: 5 a 7 de novembro de 2025
- Onde: Expominas, Belo Horizonte (MG)
- Público-alvo e acesso:
- Produtores Rurais: gratuito (com Código do Produtor).
- Profissionais do Setor: gratuito (atuantes em empresas do café; CNPJ exigido).
- Visitantes Gerais: ingresso de R$ 150 (válido para os três dias).
- Consumidor Final (coffee lovers): acesso no dia 7/11, com ingresso de R$ 70.
- Credenciamento e ingressos: disponíveis no site oficial da SIC.
Realização e parcerias
A Semana Internacional do Café é realizada por Espresso&CO, Sistema Faemg Senar, Sebrae e Governo de Minas Gerais, com apoio institucional do Sistema Ocemg. Patrocínio diamante: 3corações. Patrocínio ouro: Anysort, Sicoob e Senac em Minas. Patrocínio bronze: Yara, Nescafé e Café União.
Em resumo: a SIC 2025 reforça o papel do Brasil — e de Minas — como epicentro global do café, ao combinar escala de negócios, conteúdo de ponta e experiências que aproximam o consumidor. Com R$ 150 milhões esperados em transações e recordes de expositores e público, a feira consolida sua vocação: conectar, transformar e impulsionar a cafeicultura em um mercado cada vez mais competitivo e sustentável.
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