Sementes sintéticas prometem mudar setor sucroenergético

A produção de cana-de-açúcar a partir das semente sintéticas tornará o processo ainda mais otimizado e ágil; instituto busca fazer uma verdadeira revolução no agronegócio nacional com o projeto

Buscando garantir soluções ainda mais otimizadas para o setor do agronegócio nacional, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) dá continuidade ao seu projeto de sementes sintéticas de cana-de-açúcar. A organização está em busca de tornar o plantio mais rápido, eficiente e com um forte aumento na produtividade. Ao contrário de todos os processos utilizados até o momento, que necessitavam de um pedaço da planta, a iniciativa do centro de pesquisa produz as sementes em laboratório.

Projeto de sementes sintéticas para produção em larga escala de cana-de-açúcar é a nova aposta do CTC para o agronegócio brasileiro Mesmo com os avanços tecnológicos dos últimos anos, o setor do agronegócio nacional continua com um grande desafio: otimizar o plantio de cana-de-açúcar.

Isso, pois o alto custo para renovação dos canaviais e as dificuldades para a adoção de novas variedades ainda são problemas relevantes nesse processo. A produtividade atual da planta está atualmente estagnada, uma vez que todos os processos tentados até o momento utilizam um pedaço da cana-de-açúcar para o plantio.

Pensando nisso, o CTC está, desde 2011, desenvolvendo um projeto de sementes sintéticas para a produção em larga escala do produto. Mesmo há mais de 10 anos em desenvolvimento, a iniciativa veio ganhar força apenas nos últimos quatro anos.

Houve uma validação da parte biológica quanto à possibilidade de produzir sementes sintéticas da planta e acabar com a necessidade de utilizar a própria espécie na produção.

“Todos os sistemas alternativos de plantio que foram tentados até hoje usavam sempre um pedaço da cana; você tem que plantar um canavial, tirar aquele pedaço e transformar aquilo em uma raiz. Então, a ideia desse projeto é sair desse conceito e ir para algo totalmente inovador”, destaca o gerente de pesquisa Suleiman Hassuani.

Mesmo sem prazo definido, sementes sintéticas devem começar a serem utilizadas na produção de cana-de-açúcar ainda em 2023
A grande novidade do projeto do CTC é a possibilidade de produção em larga escala das sementes sintéticas de cana-de-açúcar.

Dessa forma, após a validação biológica dessa etapa do plantio, o centro de pesquisa partiu para a busca da otimização dessa produção, bem como da garantia da qualidade das sementes. Com esse avanço, a diretoria do CTC intensificou a aposta no produto e iniciou ações para permitir seu lançamento comercial.

O diretor de recursos humanos e comunicação corporativa Fabio Hayashida comentou sobre os avanços no projeto. Ele destacou que, embora acelerado, o empreendimento ainda não tem prazos definidos para ser lançado ao setor sucroenergético nacional de forma comercial.

No entanto, mesmo sem um prazo final, é esperado que as sementes sintéticas de cana-de-açúcar cheguem ao plantio ainda em 2023 nas usinas parcerias do CTC.

O especialista complementou afirmando que chamar esse projeto de “sementes sintéticas”, embora prático, minimiza a escala da iniciativa.

Isso, pois todo o processo de plantio e produção dessa espécie será revolucionado com a utilização das sementes.

“Atualmente, plantar cana-de-açúcar é uma operação de guerra que dura um ano inteiro. Para se plantar 1 hectare, você precisa de 20 toneladas de toletes”, afirma.

Com o projeto das sementes sintéticas, o CTC busca tornar ainda mais eficiente toda a cadeia de produção da cana-de-açúcar.

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