Novos sensores 3D portátil identifica hipocalcemia subclínica em apenas 10 segundos, reduzindo custos com a febre do leite e melhorando a saúde do rebanho.
A febre do leite, ou hipocalcemia, representa um grande desafio econômico para a pecuária leiteira, causando perdas que podem chegar a milhares de dólares por fazenda a cada ano. A condição ocorre quando os níveis de cálcio no sangue das vacas em lactação caem abaixo do normal, afetando sua saúde, produtividade e bem-estar.
Embora a forma clínica da doença seja facilmente identificável, a hipocalcemia subclínica (SCH) é silenciosa e afeta quase metade das vacas leiteiras maduras e um quarto das primíparas, tornando seu diagnóstico um obstáculo significativo para os produtores. A SCH compromete a função muscular e nervosa, reduzindo a ingestão de alimento, a produção de leite e aumentando a vulnerabilidade a outras doenças.
Atualmente, os métodos de diagnóstico dependem de análises laboratoriais de amostras de sangue, um procedimento caro, demorado e impraticável para o monitoramento rotineiro nas fazendas. Para superar essa limitação, pesquisadores da School of Animal Sciences da Virginia Tech, nos Estados Unidos, desenvolveram um sensor inovador impresso em 3D capaz de detectar hipocalcemia subclínica em apenas 10 segundos.
Esse novo dispositivo utiliza estruturas sensoriais impressas em 3D por extrusão, que analisam a relação entre cálcio ionizado e fosfato em amostras de leite. Diferente dos equipamentos volumosos e dispendiosos de laboratório, o sensor possui um design portátil e de estado sólido, podendo ser integrado a ordenhadeiras ou tubulações da fazenda, permitindo a realização de testes no local, sem a necessidade de coleta de sangue ou envio de amostras para análise laboratorial.
O sensor utiliza microestruturas intricadas e uma superfície enrugada única, criadas com polímero condutor poly(3-octyl-thiophene), um material que atua como transdutor de íons para elétrons. Esse design inovador aumenta a área de detecção, possibilitando um diagnóstico rápido e altamente preciso dos íons presentes no leite.
O professor assistente Azahar Ali, líder da pesquisa na Virginia Tech, explica que a inovação preenche uma lacuna de longa data no diagnóstico da pecuária leiteira. “Os produtores sempre dependeram de analisadores comerciais caros ou de avaliações subjetivas baseadas em sintomas visíveis, como fraqueza ou dificuldade para se levantar. Nenhuma dessas abordagens é eficaz para detectar precocemente a SCH e evitar suas complicações”, destaca Ali. “Nosso sensor impresso em 3D não apenas viabiliza a detecção antecipada da doença, mas também democratiza o acesso a diagnósticos avançados.”
Os pesquisadores acreditam que a flexibilidade da impressão 3D abre caminho para o desenvolvimento de sensores para diversos biomarcadores no leite, permitindo um monitoramento abrangente da saúde do rebanho. A tecnologia pode ser adaptada para detectar doenças como cetose e mastite, utilizando um único dispositivo para diferentes diagnósticos.
A adoção dessa nova ferramenta representa uma revolução na pecuária leiteira, oferecendo um método acessível e eficiente para reduzir custos, melhorar a saúde animal e aumentar a produtividade do setor.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias.
Carne Baixo Carbono é anunciada na COP30 pela Embrapa e fortalece a pecuária sustentável
Certificação inédita da Carne Baixo Carbono reconhece produtores que adotam práticas de baixa emissão e marca novo avanço do Brasil na liderança global da agropecuária sustentável
Mortes pela Excell 10: Dechra detalha processo de indenização e reforça posição oficial
Após a conclusão da investigação que apontou falha na inativação da vacina Excell 10, laboratório informa que indenizações estão sob análise da seguradora e serão conduzidas caso a caso.
Governo anuncia publicação de 10 portarias de demarcação de territórios indígenas
Segundo a ministra, desse total, 4 milhões de hectares são em territórios quilombolas e os outros 59 milhões são territórios distribuídos em dez territórios indígenas
Continue Reading Governo anuncia publicação de 10 portarias de demarcação de territórios indígenas
Boi gordo sustenta os R$ 326/@ em importante praça, mas viés de queda vai do físico ao futuro
Mesmo com suporte momentâneo em praças estratégicas, o mercado do boi gordo mostra enfraquecimento desde o balcão até a B3, pressionado pela incerteza com a China, escalas mais curtas e comportamento defensivo da indústria.
Você sabe como começou a história do Mangalarga Marchador no Brasil?
Da chegada dos primeiros equinos em 1549 ao surgimento da marcha mineira, conheça a trajetória que formou o Mangalarga Marchador.
Continue Reading Você sabe como começou a história do Mangalarga Marchador no Brasil?
Luiz Henrique Calejuri conquista título de campeão nacional da Copa Rozeta Cutiano
O jovem talento de apenas 21 anos de idade faturou como prêmio UMA CASA no valor de R$ 200 mil totalmente equipada com energia solar.
Continue Reading Luiz Henrique Calejuri conquista título de campeão nacional da Copa Rozeta Cutiano





