Setor deve investir R$ 126 Bi para atingir meta de redução das importações

Na avaliação do executivo, a importância da iniciativa do governo é ter traçado uma visão ambiciosa de longo prazo, para governos futuros

O diretor executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas de Fertilizantes (Sinprifert), Bernardo Silva, que participou na manhã desta sexta-feira (10), no Palácio do Planalto, em Brasília, da solenidade de lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, calcula que serão necessários R$ 126 bilhões para atingir a meta de redução da dependência das importação da matéria-prima, dos atuais 85% para 45% em 2050.

Na avaliação do executivo, a importância da iniciativa do governo é ter traçado uma visão ambiciosa de longo prazo, que deve ser mantida por futuros governos. “O Brasil precisa, finalmente, se preparar para explorar as riquezas naturais de forma responsável e sustentável”.

O diretor executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas de Fertilizantes (Sinprifert), Bernardo Silva, que participou na manhã desta sexta-feira (10), no Palácio do Planalto, em Brasília, da solenidade de lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, calcula que serão necessários R$ 126 bilhões para atingir a meta de redução da dependência das importação da matéria-prima, dos atuais 85% para 45% em 2050.

Na avaliação do executivo, a importância da iniciativa do governo é ter traçado uma visão ambiciosa de longo prazo, que deve ser mantida por futuros governos. “O Brasil precisa, finalmente, se preparar para explorar as riquezas naturais de forma responsável e sustentável”.

Segundo ele, os investimentos para reduzir a dependência dos insumos importados, não passam necessariamente pela exploração mineral em terras indígenas, pois existe uma série de projetos para “sair do papel” que podem extrair os nutrientes do solos sem explorar a Amazônia

Ele lembra que há 20 anos a indústria vem pleiteando uma política pública que pudesse revitalizar a indústria nacional de fertilizantes, que nas últimas décadas vem sofrendo com a concorrência dos subsídios dados à importação. Ele disse que o plano começou a ser discutido em 2020, em reuniões com os governos federal e estadual e o Congresso Nacional e que a crise no abastecimento de fertilizantes provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia acelerou o seu lançamento.

Bernardo Silva lembra ao longo dos últimos anos a estrutura da indústria foi alterada. A Vale e a Petrobrás venderam suas estruturas e novas empresas entraram no Brasil. “Agora estamos num momento de virada por causa da consolidação do setor que foi feita há alguns anos atrás”, diz ele.

Na avalição do executivo, os dos principais entraves ao aos investimentos no setor é o licenciamento ambiental. “Há uma morosidade, uma complexidade e um custo muito alta para se conseguir o licenciamento ambiental, o que desestimula os investidores. Outro questão, diz ele, é a falta de linhas de crédito competitivas com o mercado global para investimento em novos projetos no país.

Bernardo Silva diz que a medida mais importante de curto prazo é a criação do Conselho Nacional de Fertilizantes, que irá reunir representantes dos governos e do setor privado para discutir as políticas para o setor. Ele cita como exemplo prático das articulações com os estados o Convênio ICMS 26/21, assinado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que estabeleceu a isonomia tributária entre o produto nacional e o importado.

Ele calcula a isonomia na alíquota do imposto entre o importado e o nacional vai aumentar a produção brasileira de fertilizantes em 35% até 2025 e colocar mais 2,7 milhões de toneladas no mercado. Este aumento de produção requer ativos de valor aproximado de R$ 20 bilhões, que precisaram de ser construídos ao mantidos, diz ele.

Em relação às declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que a alíquota de importação de fertilizantes pode ser zerada caso a guerra na Ucrânia se estenda e os preços continuem subindo, Bernardo afirmou que este tipo de medida, que desestimula a indústria nacional, ao subsidiar um produto importado, iria contra as propostas do Plano Nacional de Fertilizantes lançado hoje. Ele disse esperar “que o governo não repita os erros do passado”.

Fonte: Revista Globo Rural

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