
Em ofício, entidade argumenta a necessidade de mostrar que o sistema sanitário do Paraná é robusto e mantém os mais altos níveis de biosseguridade em toda a cadeia produtiva.
O Sistema FAEP enviou, nesta sexta-feira (16), um ofício aos órgãos competentes pedindo medidas para a reabertura imediata do mercado internacional ao frango paranaense. O documento é uma reação ao anúncio da suspensão de compra da proteína brasileira por grandes países e blocos consumidores, como a China e a União Europeia, após a confirmação de um caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em plantel comercial de aves no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Este é o primeiro foco identificado em sistema de produção comercial no Brasil.
O documento do Sistema FAEP foi enviado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) do Paraná e à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A entidade argumenta que o Estado, há décadas, vem construindo um sistema sanitário robusto e sólido, garantindo segurança alimentar a todos os clientes internacionais por seguir os mais elevados padrões de exigência.
“Nesse momento, pedimos o apoio das autoridades competentes para que possamos trabalhar na busca de restabelecer, o mais breve possível, o comércio com grandes players. Isso porque o Paraná permanece sem a ocorrência de casos da doença em seus planteis comerciais”, enfatiza Ágide Eduardo Meneguette, presidente do Sistema FAEP.
O setor de avicultura do Paraná representa 31,6% do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), sendo o maior produtor nacional de carne de frango (35%) e o principal exportador da proteína. “A celeridade nesse momento é fundamental para mostrarmos a robustez do sistema sanitário paranaense e o trabalho que temos para proporcionar produtos alimentícios com segurança sanitária ao mundo”, salienta o presidente interino do Sistema FAEP.
Cuidados com a gripe aviária
Este é o primeiro caso registrado de gripe aviária em granjas comerciais no Brasil. O Paraná nunca teve a doença em seu plantel, apenas em aves silvestres. As autoridades sanitárias fazem sistematicamente o controle rigoroso de diagnóstico em espécies da natureza. Quando ocorre a confirmação de um caso positivo, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) segue um protocolo de investigação em um raio de dez quilômetros do local onde a ave foi encontrada. Como o Litoral do Paraná, onde já foram registrados casos em aves silvestres, não possui produção avícola comercial expressiva, não há propriedades de produção comercial próximas aos casos identificados até hoje.
Além do trabalho conduzido pela Adapar e outras entidades do setor produtivo, como o Sistema FAEP/SENAR-PR, os produtores rurais precisam adotar medidas de precaução, como intensificar a higiene das mãos e definir roupas e calçados para uso exclusivo dentro das granjas; reforçar os cuidados com o fechamento das frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais; restringir o acesso de pessoas não autorizadas às instalações dos aviários; e não manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença.
Fonte: FAEP
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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