Com uma das maiores reviravoltas o Brasil importou uma quantidade recorde de adubo e, disparada do preço deixou armazéns lotados; A consequência, agora, são preços recuando!
A possível falta de fertilizantes em 2022 poderia causar uma crise no agronegócio brasileiro. Desde o início do ano, o Brasil enfrentou contratempos para garantir que os fertilizantes chegassem ao agricultor e a alta dos preços foi um reflexo disso. O preço do Cloreto de Potássio (KCl) no porto, por exemplo, mais que triplicou em relação ao início de janeiro. Mas, desde o momento em que o assunto entrou em pauta, o presidente Jair Bolsonaro, foi até a Rússia para garantir o fornecimento.
Após meses de oferta apertada, o Brasil registra agora excesso de fertilizantes – o que está provocando queda nos preços. As importações bateram recordes, diminuindo a demanda ao ponto de alguns navios carregados de adubo acabarem sendo redirecionados.
De acordo com a agência Bloomberg, a produtora de fertilizantes suíça Ameropa AG desviou um carregamento de 17.416 toneladas de fosfato monoamônico (MAP) para os Estados Unidos no mês passado. Segundo eles, isso ocorreu devido aos “silos cheios do Brasil e à demanda cada vez menor por produtos químicos nas lavouras do País”.
“A medida marca uma reviravolta para um país que importou uma quantidade recorde de fertilizantes este ano. As empresas de fertilizantes receberam uma quantidade sem precedentes de pedidos para garantir que os agricultores brasileiros tivessem insumos suficientes para expandir suas áreas plantadas à medida que os preços dos grãos dispararam e a invasão da Ucrânia pela Rússia ameaçava interromper o fornecimento global”, relembra a Bloomberg.
Segundo a agência, os agricultores brasileiros, que enfrentaram aumentos nos preços dos insumos agrícolas no início deste ano, já “estão planejando cortar fertilizantes, reduzindo a demanda quando a oferta for ampla. Tais circunstâncias fizeram com que os preços dos fertilizantes no país sul-americano caíssem”.
“Com os preços em níveis recordes, os agricultores decidiram reduzir os pedidos para proteger suas margens”, disse Marina Cavalcante, analista do Green Markets da Bloomberg. Segundo ela, os agricultores podem adiar a aplicação de fertilizantes fosfatados sem comprometer os rendimentos, uma vez que o solo pode reter esse nutriente por mais de um ano.
USDA disponibiliza US$ 500 mi para produzir fertilizantes
O secretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Tom Vilsack, anunciou que a agência está tomando medidas para combater o alto custo dos fertilizantes para os agricultores americanos. O USDA está disponibilizando US$ 500 milhões em doações para aumentar a produção de fertilizantes fabricados nos Estados Unidos para estimular a concorrência e combater esses preços mais altos.
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″Queremos, antes de tudo, que seja utilizado por operações independentes. Esses estão fora das empresas dominantes de fertilizantes, o que cria concorrência e uma oportunidade para novos jogadores, se você quiser. Queríamos estar focados no made in America. Queremos investir em inovação. Queremos ter certeza de que tudo o que vai para o desenvolvimento como fertilizante é produzido de forma sustentável, em termos de processo de produção ou processo de transporte, ou a matéria-prima que é usada. E esperamos que seja focado na fazenda.″
O secretário fala sobre como a agência está estruturando o programa de bolsas. ″Essencialmente, teremos dois processos de solicitação de concessão. Os prêmios deste programa podem variar de um milhão de dólares a US$ 100 milhões. Eles podem abranger projetos que levarão de três a cinco anos. A primeira janela de inscrição após o depósito será uma janela de inscrição de 45 dias, e essa janela de inscrição será para inscrições projetadas para demonstrar que estão prontas, dispostas e capazes, com recursos adicionais, de fornecer assistência e alívio aos agricultores em termos de acesso a fertilizantes no ano-safra de 2023 e no ano-safra de 2024.″
Compre Rural com informações do Agrolink