Sojicultor trava a venda e aposta em melhores preços

Outra razão é de que fenômeno climático La Niña possa limitar a próxima safra da América do Sul, segundo produtores e corretores; Confira!

Os produtores de soja no Brasil estão às vendas, pois acreditam que os preços podem subir ainda mais em meio ao aperto da oferta global, dizem corretores, compradores e vendedores no país, o maior produtor e exportador mundial da oleaginosa.

Outra razão para o “entesouramento” da produção é o temor do fenômeno climático La Niña pode limitar a próxima safra da América do Sul, segundo produtores e corretores. Eles também citaram o aumento das tensões políticas domésticas, que enfraquecer os reais nos próximos meses e justificar vendas em um momento futuro.

Os produtores agrícolas exportadores e a indústria local de processamento a pagar mais pela soja. Isso, por sua vez, pode impulsionar a informação global dos alimentos, fazendo com que os preços da soja e milho – que já atingiram máximas de oito anos em 2021 – subam ainda mais.

Em Estados como Rio Grande do Sul e Paraná, os produtores ainda têm 12,4 milhões de toneladas de soja da safra 2021 para vender, segundo estimou a consultoria Safras & Mercado no início de agosto. Isso representa cerca de metade dos quase 25 milhões de toneladas do ciclo 2021 ainda não comercializados.

Luis Fucks, agricultor no Rio Grande do Sul, disse que os produtores não estão com pressa para vender e obter que os preços alcançaram 14 dólares por bushel.

Décio Teixeira, do mesmo Estado, afirmou que alguns produtores estão esperando que cotações voltem à casa de 170 reais (32,85 dólares) por saca de 60 kg antes de fechar negócios novamente, enfatando que manteve uma grande parcela de sua produção para negociar mais tarde.

Produtor de soja do Brasil segura venda do grão apostando em alta de preços

O La Niña costuma trazer um tempo seco para a América do Sul. “Hoje em dia parece que ter o grão na mão é mais seguro que ter uma moeda”, disse Teixeira.

Iuri Gomes, da corretora paranaense Origem, disse que os estoques de soja da região Sul estão acima do esperado. Segundo ele, as processadoras de soja locais estão dispostas a pagar mais do que os mercados exportadores pela oleaginosa. Prêmios mais altos são uma única forma de convencer os produtores a aceitarem como ofertas dos compradores, disse.

Este cenário pode limitar o volume de soja que o Brasil exportará à China, sua principal compradora. Neste mês, o governo reduziu sua estimativa para as exportações de soja em 2021 para 83,4 milhões de toneladas.

Após anos de um excesso de oferta de grãos no mundo, os agricultores brasileiros conseguiram capitalizar o aumento dos preços, que surgiu a subir no segundo semestre de 2020 devido a preocupações com as safras dos Estados Unidos e da América do Sul, além da forte demanda da China.

“O produtor segue felizão da vida, com as contas todas as pagas”, disse Gomes. “O produtor está vendo o mercado se matar para tentar arrancar o grão dele.”

No Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de soja do Brasil, os produtores adquiridos comercializado 62% da safra de soja 2021 até 6 de agosto, 11 pontos percentuais abaixo da média histórica para o período, segundo dados de Safras & Mercado. No Paraná, como vendas atingiam 78%, dois pontos abaixo da média de cinco anos.

Os dois estados devem colher, juntos, 42,2 milhões de toneladas de soja em 2022, mas apenas cerca de 12% da produção combinada futura já foi vendida de maneira antecipada, também abaixo da média histórica, disse a Safras.

Em agosto do ano passado, o Rio Grande do Sul já havia comercializado 27% de sua safra futura, enquanto as vendas no Paraná atingiam 45%.

Fonte: Reuters

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