Suinocultura brasileira deve crescer em 2026, com recorde de produção e exportações, margens positivas ao produtor e forte demanda das Filipinas.
A suinocultura brasileira deve manter a trajetória de crescimento em 2026, sustentada pela demanda internacional aquecida, margens ainda positivas ao produtor e pela menor oferta de carne bovina, em função da virada do ciclo pecuário, projeta a Agrifatto, em nota. Segundo estimativas da consultoria, a produção nacional de carne suína pode alcançar 5,72 milhões de toneladas no próximo ano, alta de 1,3% em relação a 2025, configurando um novo recorde.
A consultoria avalia que o Brasil seguirá com participação relevante no comércio global da proteína, com destaque para a consolidação do mercado asiático. As Filipinas, que assumiram em 2025 a liderança entre os principais destinos da carne suína brasileira, devem ampliar ainda mais as compras, reforçando o protagonismo do país nas exportações. Para 2026, a projeção da Agrifatto é de embarques de 1,51 milhão de toneladas, avanço de 3,8% na comparação anual.
Apesar do viés positivo para produção e exportações, os preços do suíno vivo tendem a encontrar um teto ao longo de 2026. A Agrifatto projeta um recuo leve, sobretudo no primeiro semestre, movimento considerado sazonal. Para janeiro de 2026, a média esperada é de R$ 8,11 por quilo, queda de 3,3% frente à parcial de dezembro de 2025. Esse ajuste também deve atingir o mercado de leitões, pressionado pela maior oferta e pela competitividade com a carne bovina.
Em relação a 2025, a Agrifatto comenta que 2025 deve “entrar para a história da suinocultura brasileira como um ano de novos recordes”. Dados oficiais mostram que a produção entre janeiro e setembro já superou em 4,9% o volume registrado em todo o mesmo período de 2024. No comércio exterior, as exportações de carne suína entre janeiro e novembro avançaram 2,3%, com presença em 127 destinos.
De acordo com as estimativas da Agrifatto, o ano deve se encerrar com o abate de 60,62 milhões de cabeças, crescimento de 4,2%, e produção total de 5,65 milhões de toneladas, alta anual de 5,4%. As exportações devem somar 1,45 milhão de toneladas, novo recorde e avanço de 9,5%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento.
As Filipinas foram o principal destaque da demanda externa em 2025, importando 310,11 mil toneladas, volume 42,9% superior ao total de 2024, respondendo por 25,1% das exportações totais do setor.
No mercado interno, a Região Sul, principal polo produtor, registrou valorização anual de 5,4% no preço do suíno vivo, com cotação de R$ 8,36 por quilo em dezembro. Os custos de produção recuaram 0,5%, garantindo margem média de 31,7% ao suinocultor, acima de 2024. O leitão também apresentou valorização, com alta de 4,8% e preço de R$ 16,50 por quilo.
Com esse desempenho, a suinocultura fecha 2025 fortalecida e entra em 2026 com bases sólidas para manter o crescimento, ainda que em um ambiente de preços mais ajustados, finaliza a Agrifatto.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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