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Sustentabilidade do algodão brasileiro é destaque em eventos internacionais

Após um ano de queda nas importações do Brasil, no ano comercial 2021/22 a Índia ampliou em 138% o volume de algodão brasileiro. Foram 22 mil to embarcadas.

Em busca de mais sustentabilidade na produção de algodão, o Brasil profissionalizou sua cotonicultura e passou de segundo maior importador para segundo maior exportador, em 20 anos. Os detalhes dessa história estiveram no tema central da participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em dois eventos internacionais, nesta semana, dirigidos aos mercados indiano e paquistanês. 

Na terça (4), industriais, investidores e técnicos do setor têxtil indiano se reuniram em evento do Conselho de Promoção da Exportação de Têxteis de Algodão da Índia (Texprocil). Convidado para palestrar, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, mostrou o histórico da cotonicultura brasileira e como o empenho em aumentar a certificação socioambiental acabou levando à profissionalização dos cotonicultores. 

O evento do Texprocil teve como tema sustentabilidade, circularidade e rastreabilidade da indústria têxtil. Um dos pontos altos foi a participação do ministro indiano de Têxteis, Uprenda Prasad Singh. Na Índia, segundo maior produtor e consumidor mundial de algodão, a manufatura têxtil é vital para a economia nacional. O desafio atual tem sido dispor de um produto de alta qualidade, o que acaba explicando a procura pela fibra brasileira. 

Após um ano de queda nas importações do Brasil, no ano comercial 2021/22 a Índia ampliou em 138% o volume de algodão brasileiro. Foram 22 mil toneladas embarcadas, o que posicionou o país como o 9º maior importador da pluma nacional.

São Desidério – BA / Foto: Engenheiro Agrônomo Coimbra Martins Netto

Já na quinta (6), a Abrapa participou da reunião regional de membros da Better Cotton – no Paquistão – terceiro maior consumidor de algodão no mundo. Além de números mostrando a evolução do Brasil no cenário mundial de algodão, Duarte explicou como funciona o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), principal impulsionador de boas práticas entre cotonicultores. 

O ABR é um protocolo brasileiro de certificação socioambiental, que avalia o cumprimento das leis brasileiras ambiental e trabalhista, além do uso racional de insumos pelas fazendas participantes. A adesão por parte dos produtores é grande: 84% da produção cultivada na safra 2021/22 tiveram certificação ABR. 

Pautado pelo conceito de melhoria contínua, o ABR acaba estimulando, na prática, a eficiência na produção, o investimento em qualidade da fibra e rastreabilidade da pluma cultivada no País. Com isso, o Brasil também detém outro título importante no mercado mundial: é o maior fornecedor de algodão com licenciamento da Better Cotton.

Embora o Paquistão seja hoje o quinto maior produtor mundial de algodão (1,3 milhão de toneladas e 5% da produção global), o país precisou importar 958 mil toneladas no ciclo 2021/22 para suprir a demanda doméstica, que foi de 2,35 milhões de toneladas. 

As importações de algodão do Brasil pelo Paquistão se ampliaram após a suspensão do comércio com a Índia. Assim, em dez anos, a compra de pluma brasileira aumentou 220%. Hoje, o país é o quinto maior comprador do produto brasileiro, tendo importado 190 mil toneladas na última temporada.

Fonte: Abrapa

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