Tá sobrando empregos no agro por falta de mão de obra especializada

Empresas do agronegócio enfrentam dificuldades na busca por mão de obra especializada; Problema tem sido frequente em diversos segmentos na cadeia

Segundo dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em outubro do ano passado o País tinha cerca de 12,9 milhões de desempregados. Mesmo com um número alto assim, alguns setores sofrem com a falta de mão de obra e arrastam a meses vagas abertas, vivendo uma verdadeira caçada na busca por novos profissionais. Uma dessas áreas é o agronegócio, que cresce a cada ano e para sustentar este cenário precisa também ampliar o número de contratações.

Desde 2021 o Genesis Group, plataforma de soluções em testes, inspeções, certificações, análises e rastreabilidade para o agroalimento, está com mais de 500 vagas de emprego abertas para diversas cidades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Paraná, Maranhão e São Paulo. Para diferentes posições como: Classificadores de Grãos, Coordenador Contábil, Assistente Administrativo, Auxiliares Administrativo, Auditor de campo, Supervisor de Operações e Técnico de Suporte.

Segundo a Gerente de DHO e Academia no Genesis Group, Nancy Sert Ferreira, um dos principais obstáculos para contratar no caso deles é a falta de profissionais dispostos a atuar no agronegócio em período de safra. “Em determinadas épocas do ano, a demanda é muito alta, sendo necessário ter disponibilidade de horário”, relata.

Os processos seletivos são sempre um grande desafio para as empresas, mas segundo Nancy, a cada ano nota-se uma escassez cada vez maior de mão de obra qualificada e de pessoas dispostas a aprender e se desenvolver diante dos desafios que o agronegócio oferece. “Estamos entre as melhores empresas para se trabalhar, certificados pelo GPTW, mas mesmo assim, nos deparamos com dificuldade em algumas regiões do país e para vagas mais específicas”, reforça a executiva do Genesis Group.

A formação acadêmica é outro desafio no momento de preencher as vagas. “No campo não exigimos experiência, pois temos uma universidade corporativa, por meio da qual desenvolvemos e capacitamos nossos times, mas o número de pessoas que não concluem o ensino médio, que é o requisito mínimo para nossas vagas, ainda é elevado”, ressalta. Quem se interessar em trabalhar no grupo pode se inscrever pelos canais da Genesis Group ou pela Solides.

Mais oportunidades no agronegócio

Mão de obra capacitada também é um problema na agtech mineira Seedz, uma startup de tecnologia e serviços no agronegócio, sediada em Belo Horizonte e que cresceu mais de 600% no último ano. Por lá, são 70 vagas para os níveis pleno e sênior, para as áreas de tecnologia da informação, processamento de dados, marketing, recursos humanos e comercial. De acordo com Leiliane Amorim, Head de Recursos Humanos, há oportunidade para atuação em Belo Horizonte/MG, na sede da empresa, e, também, para trabalho na modalidade remota ou híbrida.

Com foco em TI, algumas das vagas são para Data Analyst Intern, Data Engineer, Desenvolvedor Back-end, Desenvolvedor Front-end, Product Manager, Product Owner, BI Analyst (Tableau), Data Scientist, UI/UX Designer. “Buscamos profissionais engajados, com perfil independente e colaborativo, atraídos por desafios e ambientes dinâmicos. Pessoas que queiram fazer parte da construção e da evolução de uma empresa que nasceu para impactar positivamente toda a cadeia do agro”, diz Leiliane. Os interessados nessas oportunidades podem se candidatar no site da Seedz.

Também na área de tecnologia, a startup Adroit, que desenvolve soluções em inteligência artificial, que reinventou o monitoramento dos pomares com seus sensores inteligentes, o sistema LeafSense. Em um crescimento exponencial, a empresa além de uma oportunidade para Desenvolver Phyton, também tem três vagas para pesquisadores, com bolsas de pesquisa pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para atuar em um projeto de expansão de cafeicultura, uma para graduado na área de computação ou engenharia, com título de mestrado ou doutorado, e outras duas bolsas para formados na área de computação ou engenharia, com pelo menos quatro anos de experiência após a conclusão do curso.

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