Técnicas com adubo de coco são adotadas por produtores de pitaya no ES

Muitos produtores rurais, animados com o sucesso da fruta e com o aumento do seu consumo no Brasil, apostam no plantio.

A pitaya é uma fruta exótica, de sabor doce, conhecida pelas cores exuberantes, e que ganha cada vez mais espaço entre os consumidores. Muitos produtores rurais, animados com o sucesso da fruta e com o aumento do seu consumo no Brasil, apostam no plantio da “fruta-do-dragão” e adoram técnicas para a produção em condições adversas.

Um dos produtores da fruta no estado do Espírito Santo é Moacir Dias Pereira, dono de uma propriedade localizada em Cangaíba, na zona rural de Cariacica, na Grande Vitória. Considerado o maior produtor de pitaya do Espírito Santo, Moacir cultiva mais de 60 variedades da fruta e desenvolveu uma técnica que utiliza coco verde como adubo e proteção das raízes da planta.

Moacir explica: “eu coloco só esterco, depois aproveito os cocos verdes que são jogados fora, os deixo desidratar, trituro, jogo no chão, e faço uma cobertura solar, porque as raízes são superficiais e há a necessidade de fazer uma cobertura solar. Além da cobertura morta que eu uso, eu uso as próprias plantas. Sempre tem matéria orgânica verde para fazer essa cobertura e fazer esse resfriamento do solo”.

Segundo Wanderson Souza, técnico da secretaria de Agricultura de Cariacica, a técnica, além de levar nutrientes para o solo, ainda contribui para a destinação correta da casca de coco. “Ele viu o quanto isso trouxe benefícios e agregou a isso aquilo que chamamos de matéria morta, que, no caso, é a casca de coco. Um problema ambiental nas cidades, que estamos na região Metropolitana, é a destinação. Além de ser uma fonte de matéria orgânica e nutriente também faz essa cobertura no solo, retendo a umidade e dando à planta maiores condições de desenvolvimento e adaptação”.

Para o produtor Moacir, “pitaya depende de estar limpo o cladódio onde vai produzir. Aqueles brotos que aparecem de lado têm que ser podados, e não tem época. Quando aparecer, tem que podar”, disse.

A produção depende muito do sol, uma vez que se trata de uma planta da família dos cactos. Um exemplo é que uma metade da área plantada na área de Moacir produz bem mais do que a outra. Isso porque a primeira fica exposta do nascer ao pôr-do-sol, e a segunda apenas cinco horas. Depois, na época da floragem, a planta precisa de água para se desenvolver.

“A pitaya, como não depende de muita água, é aconselhável fazer a irrigação na época da floração. No entanto, como está chovendo muito e meu solo é todo coberto, há dois anos eu não molho minhas pitayas e os frutos estão grandes”, finalizou.

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