
O tratamento de secagem da Effatha Agro utiliza tecnologia de baixas frequências via satélite para reduzir o tempo necessário para atingir os níveis de umidade ideais, e pode adiantar colheitas em 2 semanas
Pensa em um filme de ficção, essa é a novidade no setor agrícola brasileiro que tem o potencial de transformar o agronegócio ao possibilitar a antecipação das colheitas em até duas semanas. A Effatha Agro, uma startup localizada em Santo André, na área metropolitana de São Paulo, tem como missão aumentar a produtividade das plantações de forma ambientalmente sustentável. Focada no uso de frequências transmitidas por satélite, criou uma técnica inovadora para a secagem de grãos. Esse método acelera a redução de umidade dos grãos, alcançando o nível ideal para venda de forma mais rápida.
Criada por Rodrigo Lovato e Luzo Dantas, a empresa inova ao empregar frequências baixas transmitidas por satélites para dispersar os átomos dos nutrientes presentes no solo. Essa técnica, também, reduz o tamanho dos fertilizantes, facilitando a absorção pelas plantas. A Tecnologia “futurista” pode adiantar colheitas no campo.
O desenvolvimento desse novo modelo, que vem dando resultados expressivos, foi feito pela Effatha Tecnologia, criada em 2000. Quando chega a hora, durante a colheita, é comum que os grãos não alcancem os níveis mais adequados de umidade, o que acaba afetando a qualidade, segurança e lucratividade dos agricultores. O tratamento de secagem da Effatha Agro utiliza tecnologia de baixas frequências via satélite para reduzir o tempo necessário para atingir os níveis de umidade ideais.
Esta inovação ganha destaque no contexto do armazenamento de grãos, onde a gestão inadequada da umidade pode levar a reduções notáveis no peso, deterioração da qualidade e desenvolvimento de micotoxinas. O objetivo da tecnologia é facilitar um escoamento mais ágil e na época certa dos grãos, prevenindo contratempos logísticos.
Tecnologia “futurista” pode adiantar colheitas em 2 semanas
De acordo com Marcelo Leonessa, CEO da Effatha Agro, a empresa desenvolveu um algoritmo capaz de otimizar a secagem de grãos tanto em campo quanto em silos. Ele explica: “Utilizamos um algoritmo para determinar uma sequência específica de frequências que modifica a posição dos átomos. Isso pode ser aplicado não só na nutrição das plantas, mas também para acelerar a evaporação da água, tornando o processo de secagem mais eficiente”.
Além dessa inovação, a Effatha Agro também passou a oferecer uma solução para a pecuária, visando melhorar a qualidade da grama e da silagem consumidas pelo gado. Luzo Dantas Júnior, co-fundador da empresa junto a Rodrigo Lovato, menciona: “Nas vegetações rasteiras, observamos um aumento de até 40% na massa verde, com uma média de crescimento entre 20% e 25%”.

Produtores, como Pedro Marzura, destacam os benefícios da tecnologia. “Com a solução, conseguimos adiantar a colheita em 10 a 15 dias, sem precisar de mão de obra extra”, afirma o agricultor que produz soja e milho no Paraná, decidiu testar uma gratuita. Segundo a Globo Rural, o agricultor colheu 134,7 sacas de milho por hectare na área com rearranjo de átomos.
Mercado em expansão
O produto principal da Effatha, refletindo a realidade da agricultura no Brasil, é a soja, seguida pelo milho. A empresa atua em várias culturas agrícolas e está presente em muitos estados do Brasil. Além disso, a tecnologia da Effatha tem sido aplicada em países como Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, Bolívia, Estados Unidos, Portugal e Espanha. Atualmente, o Brasil é o maior mercado para os produtos da Effatha, representando 80% de sua receita.
Nos últimos cinco anos, desde que a tecnologia foi lançada no mercado, a empresa viu um crescimento exponencial em seu faturamento. A previsão é fechar o ano de 2023 com uma receita de US$ 5 milhões, um aumento de 70% em relação ao ano anterior. O próximo objetivo é expandir para cooperativas, mudando o foco de comunicação de um produtor individual para um número muito maior de clientes potenciais.
“Vamos passar de centenas de milhares para centenas de milhões de hectares. Isso representa uma mudança significativa no mercado. Estamos olhando para um potencial de crescimento de três a cinco vezes”, afirmou Leonessa.
Até esta safra 2023/24, a Effatha vendia aos produtores diretamente ou por meio de representantes. Agora, ela terá parcerias com revendas e cooperativas. Com isso, a empresa projeta que seu faturamento vai crescer 30% neste ciclo, para R$ 20 milhões.

A companhia também já deu seus primeiros passos no mercado externo: ela tem hoje clientes em 11 países. “Ainda não temos como dar um bom suporte em outras regiões, por isso começamos aos poucos, mas a tendência é de crescimento”, afirma um dos fundadores, Dantas Júnior.
“Esperamos que essa solução contribua para a promoção de colheitas mais sustentáveis e ambientalmente amigáveis, sem prejuízos e perda de qualidade dos grãos. Os produtores rurais devem investir em tecnologias para preservar os recursos naturais”, finaliza Leonessa.
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