Tempestade, temporal ou tempo severo: entenda as diferenças e os perigos de cada um

Uma simples gota d’água pode parecer inofensiva, mas, no campo, ela pode ser o prenúncio de algo muito mais sério

Afinal, quando o tempo muda e as nuvens carregadas tomam conta do céu, como distinguir se estamos diante de uma tempestade comum, de um temporal ou de uma condição de tempo severo? Essa diferença, que pode parecer apenas semântica para muitos, é crucial para quem vive da terra e precisa agir rápido diante das ameaças climáticas.

A confusão entre tempestade e temporal: qual a real diferença?

No linguajar popular, tempestade e temporal costumam ser usados como sinônimos — e, até certo ponto, isso faz sentido. Segundo o meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural, ambos os termos descrevem fenômenos que envolvem chuva intensa, ventos fortes e, muitas vezes, raios. A diferença está na formalidade: “tempestade” é o termo técnico utilizado pela meteorologia, enquanto “temporal” é mais comum no dia a dia das pessoas.

Mas e o tal tempo severo? Aí o buraco é mais embaixo

Nem toda tempestade representa um risco real à vida. O chamado “tempo severo” é um nível acima. Esse termo técnico é usado exclusivamente quando os fenômenos atmosféricos representam ameaças diretas e graves à segurança das pessoas e à integridade de propriedades. Entre os critérios que classificam uma condição como tempo severo estão:

  • Rajadas de vento acima de 93 km/h
  • Queda de granizo com diâmetro superior a uma polegada (cerca de 2,5 cm)
  • Alagamentos ou enchentes com potencial destrutivo
  • Formação de tornados ou microexplosões

Esses eventos não apenas causam prejuízos econômicos expressivos — como a destruição de áreas inteiras de soja em minutos —, mas também podem provocar acidentes, quedas de árvores, danos estruturais e até perdas humanas.

O impacto no campo: prejuízo em questão de minutos

Mesmo fenômenos que não se enquadram tecnicamente como tempo severo, como chuvas com granizo menor, ainda podem causar estragos significativos nas lavouras. No entanto, é essencial entender quando os riscos são elevados o suficiente para exigir medidas urgentes de segurança.

O agricultor precisa estar atento e bem informado. A capacidade de interpretar corretamente os boletins meteorológicos pode ser o que separa uma perda parcial de uma catástrofe.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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