“Um estado brasileiro produz mais soja do que toda a Argentina”

Jornal de maior circulação argentino repercute produção de soja mato-grossense: “Maior que de toda Argentina”; MT é terceiro maior produtor do mundo, se fosse um país

O estado de Mato Grosso deve produzir na safra 2022/23 um novo recorde, segundo o Imea serão 44 milhões de toneladas de soja, cerca 15 milhões de toneladas a mais que a Argentina. Caso o estado fosse um país ocuparia a terceira posição no ranking global de produtores de soja. Os dados foram obtidos com informações combinadas do Foreign Agricultural Service (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), e o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Atualmente, o ranking mundial de maiores produtores de soja conta com o Brasil na primeira posição, diante de uma projeção de 151,4 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e com os Estados Unidos em segundo lugar, com uma produção estimada em 121 milhões de toneladas para 2022/23.

Esse crescimento exponencial da produção de soja no Mato Grosso tem repercutido no exterior. O jornal de maior circulação na Argentina, Clarín, destacou que a produção mato-grossense chega a ser maior do que a de toda a Argentina.

“O notável crescimento da produção brasileira de soja tem como motor central o Estado de Mato Grosso, que, segundo levantamento realizado por pesquisadores brasileiros, se fosse um país ocuparia o terceiro lugar no ranking global de produtores da oleaginosa, estando atrás apenas do Brasil e dos Estados Unidos, e ligeiramente à frente da Argentina”, escreveu o portal.

Estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada no início de abril, aponta a produção de 44,3 milhões de toneladas de soja na safra 2022/23. O número representa uma alta de 8,35% em relação a safra 21/22, e 30% da produção total do Brasil na safra 22/23. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve produzir 151,6 milhões de toneladas.

colheita de soja
Foto: Divulgação

Clima pesou na safra

Por sua vez, a produção argentina é estimada em 33 milhões de toneladas de soja na safra 22/23. Segundo o último relatório da instituição argentina, o clima foi decisivo para a queda drástica da produção de soja. Primeiro, a seca que atingiu o país desde junho do ano passado. Mais tarde, geadas precoces foram adicionadas durante fevereiro. E, finalmente, a última onda de calor que atingiu o país desde 27 de fevereiro, com temperaturas que ultrapassaram os 40 graus.

Assim, prevendo rendimentos muito baixos (o menor em 22 anos) e perdas significativas de área colhido em soja de segunda safra, a Bolsa de Grãos de Buenos Aires reduziu a previsão para 25 milhões de toneladas, uma queda de 42% em relação ao ciclo anterior.

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