Vazio sanitário é tema de capacitação para técnicos e produtores de algodão orgânico no RN

O vazio sanitário, basicamente, consiste em deixar a área cultivada com algodão, da safra anterior, sem qualquer tipo de planta que possa servir de abrigo.

Uma técnica de manejo desenvolvida pela pesquisa da Embrapa foi difundida semana passada entre agricultores, consultores do SEBRAE-RN, coordenadores da Extensão Rural de 12 municípios potiguares. Estavam envolvidos nessa força-tarefa facilitadores de Acari, Cruzeta, Jardim do Seridó, São José do Seridó, Caicó, Carnaúbas dos Dantas, Santana do Seridó, Jucurutú, Tenente Laurentino, Cerro Corá, Currais Novos e São Vicente.

“No primeiro ano foram 53 famílias beneficiadas, agora são 130, com esse projeto que visa resgatar o cultivo do algodão no Seridó do Rio Norte, dessa feita com um cultivo eminentemente orgânico, dentro dos preceitos e técnicas agroecológicas”, comenta Marenilson Batista, pesquisador e supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia (SIPTT) da Embrapa Algodão, que coordena a capacitação.

Sem pragas

O vazio sanitário, basicamente, consiste em deixar a área cultivada com algodão, da safra anterior, sem qualquer tipo de planta que possa servir de abrigo para o bicudo. A Embrapa recomenda um período de 60 a 90 dias, evitando a antecipação de infecções e transmissões por inseto. Segundo o pesquisador Fábio Aquino, o vazio sanitário é de extrema importância na cotonicultura. Ele afirma que para obter o vazio sanitário, o produtor deve inicialmente destruir todos os restos culturais depois da colheita, procurando eliminar qualquer fonte de alimento e abrigo dos insetos-praga, que podem se multiplicar durante a entressafra. 

Batista acrescenta que a prática faz com que a população do bicudo-do-algodoeiro caia, praticamente, a zero. “Essa técnica está prevista pelo Programa Nacional do Controle do Bicudo e é extremamente necessária para a convivência com essa praga, principalmente dentro dos sistemas orgânicos de cultivo do algodoeiro”, destaca. 

Fonte: Embrapa

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM