“O atraso nos trabalhos de campo, provocado por uma maturação mais lenta e altos níveis de umidade, tem limitado o fluxo comercial”.
As vendas de café da safra 2025/26 do Brasil seguem lentas, após um atraso na colheita, alcançando apenas 16% da produção prevista, apontou a Safras & Mercado nesta sexta-feira.
A comercialização antecipada da safra que está sendo colhida avançou 2 pontos percentuais em relação ao mês anterior e segue atrás dos 20% registrados em igual período do ano passado, além de estar abaixo da média dos últimos cinco anos, de 27%.
“O atraso nos trabalhos de campo, provocado por uma maturação mais lenta e altos níveis de umidade, tem limitado o fluxo comercial”, disse o consultor de Safras, Gil Barabach.
“Do lado do produtor, há um pouco mais de interesse, mas sem afobação. Já os exportadores mantêm postura cautelosa, apostando em uma queda nos preços com o avanço da colheita brasileira”, acrescentou o consultor, em nota.
As vendas de arábica estão estimadas em torno de 22% da produção prevista, patamar semelhante ao do ano passado, mas ainda abaixo da média histórica de 31% para o período.
Já a comercialização de robusta alcança 7%, atrás dos 15% vistos há um ano e da média de 20%. Nesse caso, a postura mais retraída vem do lado dos compradores, que têm contido as negociações antecipadas diante dos preços elevados e da perspectiva de uma safra maior de canéfora no Brasil em 2025, apontou a Safras.
Em relação à safra 2024/25, as vendas alcançaram 97% da produção, ante 94% há um ano, conforme o fluxo dos negócios no mercado físico migra cada vez mais em direção à safra nova.
Fonte: Reuters
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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