
Conflito entre Irã e Israel, entra em nova fase com armamento avançado, dezenas de alvos atingidos e risco de escalada militar regional; tensão já pressiona mercados globais
Em uma ofensiva sem precedentes, o Irã confirmou o lançamento de seu novo míssil balístico manobrável contra alvos em Israel, dando início a uma madrugada de destruição, pânico e resposta imediata do sistema de defesa israelense. O saldo até o momento é de 13 mortos – incluindo três crianças – e mais de 385 feridos, com 22 pontos de impacto confirmados.
Segundo o Ministério da Defesa do Irã, o ataque marca a primeira utilização em combate do míssil Haj Qassem, um projeto desenvolvido para ultrapassar os sistemas mais avançados de defesa antimísseis do Ocidente, como o THAAD e o Patriot, implantados por Israel e Estados Unidos.
Novo míssil Haj Qassem: o divisor de águas do conflito
Nomeado em homenagem ao general Qassem Soleimani – morto pelos EUA em 2020 –, o Haj Qassem é movido a combustível sólido, possui alcance de 1.200 km e carrega uma ogiva manobrável com tecnologia de evasão eletrônica. O Irã garante que esse armamento é capaz de driblar interceptações eletrônicas e atingir alvos com precisão cirúrgica .
A tecnologia representa uma ameaça real à supremacia aérea israelense e pode marcar uma nova fase no equilíbrio de poder regional. Segundo o general Aziz Nasirzadeh, trata-se de um “míssil de última geração para enfrentar a guerra moderna”.
Reação imediata: Israel abate 20 drones em uma hora
Pouco após os primeiros impactos dos mísseis, as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que abateram cerca de 20 aeronaves não tripuladas enviadas pelo Irã em um curto espaço de tempo. Os drones tinham como destino regiões urbanas e infraestrutura sensível. Um vídeo divulgado pelo exército israelense mostra o sistema Iron Dome em ação sobre Tel Aviv .
Além disso, sirenes de emergência foram ativadas em Jerusalém e Tel Aviv, indicando a presença de novos mísseis disparados no amanhecer de domingo (15), como confirmou a agência Reuters .
Linha do tempo do conflito entre Israel e Irã: como foi o ataque
- Sábado à noite (14/06): mísseis Haj Qassem são lançados do Irã em direção a Israel; explosões em Rishon Lezion e outras áreas.
- Madrugada de domingo (15/06): Israel sofre mais de 200 lançamentos de foguetes; ao menos 22 impactos confirmados.
- Domingo de manhã: cerca de 20 drones iranianos são abatidos pelas Forças de Defesa de Israel.
- Domingo, 10h: Novos mísseis são lançados, provocando alarme em Jerusalém e Tel Aviv .
Impactos geopolíticos: risco de guerra regional e reação internacional
A escalada acontece em um momento de alta tensão no Oriente Médio, após meses de instabilidade envolvendo o conflito em Gaza, ataques a alvos iranianos na Síria e o fortalecimento de alianças militares. O uso do míssil Haj Qassem eleva a possibilidade de uma resposta mais agressiva por parte de Israel, com o apoio dos Estados Unidos já sinalizado em bastidores diplomáticos.
O ministro iraniano de Relações Exteriores afirmou que o país “não deseja expandir o conflito”, mas garantiu que o Irã “responderá com força a qualquer ameaça à sua soberania”.
Especialistas avaliam que, caso o embate escale, grupos como Hezbollah, Hamas e milícias no Iraque e no Iêmen podem ser acionados, ampliando o teatro de guerra e forçando intervenção internacional direta.
E o Brasil? Agro e combustíveis podem sentir os efeitos
Embora o Brasil esteja distante do front, os efeitos econômicos podem ser sentidos nos próximos dias:
- Combustíveis: a tensão no Oriente Médio costuma impactar o preço do petróleo. Uma alta nas cotações pode pressionar os preços dos fretes e dos insumos agrícolas.
- Commodities: o conflito pode afetar acordos comerciais com países árabes e influenciar na logística de exportações.
- Mercado do agro: exportadores de carne e grãos monitoram os desdobramentos com atenção, já que países do Oriente Médio são importantes parceiros comerciais do Brasil.
O ataque deste fim de semana marca um ponto de virada estratégico e simbólico no conflito Irã-Israel. O uso do míssil Haj Qassem e a resposta coordenada das defesas israelenses indicam que o Oriente Médio entra em um novo patamar militar e tecnológico, que poderá alterar o equilíbrio de forças na região.
O mundo observa. E o Brasil, mesmo distante geograficamente, não está imune às ondas de choque dessa guerra silenciosa que, agora, fala mais alto.
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