
Variedade Geisha da Hacienda La Esmeralda, produzida no Panamá, é usada na bebida servida em Dubai e arrematada por valor histórico em leilão internacional; Xícara de café mais cara do mundo custa R$ 3.600 e entra para o Guinness em Dubai
Uma simples xícara de café pode ser um momento de prazer diário, mas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ela se transformou em um verdadeiro artigo de luxo. Na Roasters Specialty Coffee House, o cliente que desejar provar a bebida mais exclusiva do planeta deve estar disposto a pagar R$ 3.600 por uma única xícara. O café foi preparado no método filtrado V60, de forma artesanal, utilizando grãos da variedade Geisha, produzidos pela famosa Hacienda La Esmeralda, no Panamá — reconhecida mundialmente por sua qualidade e raridade.
O pedido, realizado no dia 13 de setembro de 2025, entrou para o Guinness World Records como a xícara de café mais cara do mundo, reforçando a imagem de Dubai como centro global do luxo e do consumo premium. A cidade, já conhecida por recordes extravagantes, soma agora mais uma façanha ao seu portfólio de experiências exclusivas e milionárias.
A raridade do café Geisha, que garante xícara de café mais cara do mundo
A variedade Geisha é considerada um verdadeiro “diamante” no universo dos cafés especiais. Originária da Etiópia e cultivada nas terras altas do Panamá, especialmente na região de Boquete, ela se destaca por seu perfil sensorial complexo, com notas florais e frutadas, corpo delicado e acidez brilhante. A produção é extremamente limitada, o que eleva o valor dos lotes e desperta o interesse de compradores ao redor do mundo.
Os cafés da Hacienda La Esmeralda frequentemente figuram entre os mais premiados do planeta, e são leiloados por valores que ultrapassam, com facilidade, o preço do ouro por quilograma.
Recorde mundial em leilão
Em agosto, um lote de 20 kg da mesma variedade Geisha estabeleceu um novo recorde mundial de preço, sendo arrematado por US$ 604.000 — cerca de R$ 3,3 milhões — em um leilão eletrônico promovido pela Associação de Café Especial do Panamá. A compradora foi a Julith Coffee, empresa com sede também em Dubai, que busca se posicionar como referência no mercado global de cafés ultraexclusivos.
Esse valor equivale a mais de R$ 165 mil por quilo, consolidando a Geisha como a variedade de café mais valiosa do mundo. A compra reflete a tendência de crescimento do mercado de cafés especiais, que movimenta bilhões e se fortalece com o aumento do consumo de bebidas premium e experiências sensoriais exclusivas.
Dubai e o luxo no universo do café
A aposta em cafés raros e caros não é casual. Dubai vem se consolidando como um dos principais polos de experiências gastronômicas de alto padrão, atraindo consumidores dispostos a pagar por exclusividade e sofisticação. Além de carros de luxo, hotéis sete estrelas e joias milionárias, o café entra nesse seleto grupo de produtos símbolo de status e refinamento.
Com essa nova conquista, a Roasters Specialty Coffee House e a Julith Coffee se posicionam como ícones do luxo cafeeiro, mostrando que a bebida que move o mundo pode, também, se tornar um objeto de desejo para milionários.
O mercado dos cafés especiais
Segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), o mercado global de cafés premium cresce de forma consistente, impulsionado por consumidores mais exigentes, interessados na origem, método de preparo e notas sensoriais da bebida. No Brasil, maior produtor e exportador mundial, cresce o interesse por microlotes e grãos de origem controlada, mostrando que o país também está inserido nessa nova era do consumo de luxo no setor cafeeiro.
Com preços que superam R$ 3.600 por xícara e R$ 3,3 milhões por lote, o café Geisha reafirma seu posto de joia do agronegócio e da gastronomia mundial — uma bebida que transcende o cotidiano e entra para o seleto mundo das experiências milionárias.
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