No curto prazo, no entanto, é possível que haja mais procura por gado, ajudando a firmar as cotações. O momento é de cuidado, com monitoramento contínuo do mercado.
O mercado físico de boi gordo registrou preços expressivamente mais baixos na última semana nas principais praças de produção e comercialização do país. “A semana foi indubitavelmente complicada para o pecuarista”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Entretanto, o que aponta para um melhora no mercado dessa semana é que, no curto prazo, as indústrias vão ter a necessidade de recompor seus estoques e garantir a escala mínima de abate dos animais. Com escalas curtas, serão pressionados a ofertar mais pela boiada pronta, como o que foi registrado hoje na abertura do mercado. Confira!
Segundo o app da Agrobrazil, o número de negociações concretizadas pelo país começam a ser informadas e estão com um viés de alta, mas não sabemos até quando. Pecuaristas de Jales/SP, fizeram vendas de R$ 200/@ com pagamento à vista e abate para o dia 27 de março, lembrando que nesse caso o frete é por conta do pecuarista, conforme imagem abaixo. Já em Frutal/MG, ficou em R$ 180/@ com pagamento à vista e abate em 27 de março. Em Brasilânida/MS, a arroba ficou cotada em R$ 185 com 30 dias para pagamento e abate dia 27 de março.
Como demonstrado acima, a escala está curta demais, mostrando uma necessidade da indústria de recompor escalas e estoques, já que a população desabastece os mercados, buscando se preparar para o período de quarentena.

O indicador do Cepea, fechou a última semana contado em R$ 197,85/@ apresentando uma alta de 4,54% em relação ao dia anterior.
Segundo a Scot Consultoria
Se, no histórico, as sextas já são dias normalmente de menor volume de negócios, com os compradores testando o mercado para s semana seguinte, na última sexta-feira (20/3) esse quadro se agravou devido à pandemia provocada pelo covid-19.
Com muitas indústrias fora das compras e sem um norte para as negociações da próxima semana, o volume negociado, com preços muito abaixo da referência, continua mínimo.
Escalas
Com a demanda de carne incerta por causa surto da doença, principalmente a demanda externa, e em função da dificuldade de compra, as indústrias frigoríficas optaram por trabalhar com escalas curtas, e abates controlados. Algumas, inclusive, já declararam férias coletivas.
Em um mercado normal, o quadro de escalas daria sustentação para preços firmes, porém, em um cenário de extrema volatilidade em todos os setores, há muita especulação e poucas decisões.
Expectativas
O cenário de pandemia deixa ainda mais incertas quaisquer previsões. O descontrole da doença em mais de um país e o número crescente de casos no Brasil impede palpites em médio prazo.
No curto prazo, no entanto, é possível que haja mais procura por gado, ajudando a firmar as cotações. O momento é de cuidado, com monitoramento contínuo do mercado.
Frigoríficos reduziram muito os preços de balcão da arroba
“A semana foi indubitavelmente complicada para o pecuarista”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, os frigoríficos estão se antecipando a uma brusca queda nas exportações de carne bovina prevista para o segundo trimestre, diante do avanço da pandemia do coronavírus no Ocidente, e reduziram de forma abrupta ospreços de balcão para o boi.
“Alguns grandes frigoríficos já deram férias coletivas para funcionários, enquanto os demais exerceram forte pressão sobre os pecuaristas. Os produtores não aceitaram os preços muito mais baixos, reduzindo drasticamente a liquidez do mercado”, assinalou.
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Exportações
Já as exportações exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 266,1 milhões em março (10 dias úteis). A quantidade total exportada pelo país chegou a 59,6 mil toneladas, com média diária de 6 mil toneladas.
Na comparação com fevereiro, houve baixa de 2,9% na quantidade média diária exportada. Em relação ao mesmo período do ano passado, a baixa foi de 4,4%, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Compre Rural com informações do Agrobrazil, Cepea, Safras&Mercado e Scot Consultoria