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Arroba acima de R$ 345 com super valorização; Veja

A escassez de oferta de boiadas gordas segue como combustível para a elevação nos preços; Com uma super valorização a semana encerra em alto patamar!

O mercado fechou a primeira semana do ano com grande valorização e confirmação da expectativa de alta. Sendo assim, os negócios no mercado brasileiro do boi gordo começam a ganhar ritmo nas praças pecuárias e já mostrou novos recordes de preço em algumas negociações nas praça paulistas. Confira como foi o fechamento da semana!

A primeira semana de 2022, conforme supracitado, foi marcada por fortes altas nos preços da arroba bovina, estimuladas pela escassez de oferta de boiadas gordas e pelo aquecimento das exportações brasileiras de carne bovina. Além disso, alguns pecuaristas ainda se ausentam das negociações, aguardando um melhor posicionamento das indústrias.

Na semana a cotação da arroba do boi gordo subiu R$16,00, a da vaca gorda R$8,00 e a da novilha gorda R$10,00 nas praças paulistas. O movimento de alta veio em todas as praças pelo Brasil. O mercado segue aquecido, mas com grande atenção nas escalas de abate!

As negociações para bovinos até quatro dentes, o “boi China”, negócios seguem firmes e com valores de até R$350,00/@. Segundo o app da Agrobrazil, os pecuaristas de Narandiba/SP, venderam boiada para o mercado interno por R$ 345,00/@ com pagamento à vista e abate para o dia 13 de janeiro de 2022, veja imagem abaixo.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 342,00/@, na sexta-feira (07/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 328,18/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 320,35@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 314,29/@.

O preço do Indicador do Boi Gordo/CEPEA, fechou a semana com leve recuo de 1,84%, mas vale ressaltar que os preços seguem em patamares elevados e chegaram a atingir o valor recorde de R$ 345,25/@ durante a semana. Sendo assim, com o recuo nesta sexta-feira, a arroba saltou de R$ 337,60/@ para o valor de R$ 331,40/@.

Segundo a Scot Consultoria, a referência de mercado interno está em R$338,00/@ para o boi gordo, R$310,00/@ para a vaca gorda e R$327,00/@ a novilha gorda, preços brutos e a prazo. Bovinos com até quatro dentes obtém ágio de até R$15,00 por arroba em relação ao preço do mercado interno.

“O viés altista deve-se sobretudo à enorme dificuldade dos frigoríficos em encontrar lotes de animais terminados nas principais praças pecuárias do País, em função da baixa presença de pecuaristas nas vendas (período de férias ou mesmo retenção)”, destaca a IHS Markit.

A reabertura do mercado chinês e da Rússia, associado ao processo de consolidação da presença da carne brasileira em outros importantes mercados consumidores , como os EUA, tem neutralizado os possíveis impactos negativos que seria ocasionado pela inconsistência do consumo doméstico, típico do começo de ano.

Dependência asiática precisa acabar

Mesmo com os envios de carne crescendo para outros destinos nos últimos meses de 2021, como aos Estados Unidos, os embarques à China ainda representam quase metade de tudo o que é exportado pelo Brasil. Diante disso, é incontestável a necessidade de o Brasil buscar e fortalecer novos parceiros comerciais.

E o câmbio deve seguir favorecendo as exportações brasileiras em 2022, mas, por outro lado, tende a encarecer os já elevados custos de produção no campo. Já no Brasil, devido ao fragilizado poder de compra da maior parte da população e à inflação alta, a demanda doméstica por carne bovina deve seguir fraca por mais um ano.

Boiada Gorda vendida por R$ 350,00/@ em Goiás, segundo a Confiboi

Atenção nas escalas de abate

“Grande parte das indústrias frigoríficas optaram por se ausentar das compras de gado na sexta”, ressalta o boletim desta sexta-feira da IHS Markit. Porém, mesmo diante da baixa liquidez de negócios, os preços da arroba continuam firmes em todo o Brasil.

Aos poucos os frigoríficos brasileiros vão recompondo as escalas de abate neste início de ano e a média nacional se encontra em 8 dias úteis, mantendo a estabilidade frente a semana passada. Veja:

  • Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 9 dias úteis já programados, mantendo a estabilidade no comparativo entre as semanas.
  • As indústrias paraenses alongaram suas escalas e encerraram a semana com a média de 14 dias úteis programados, 3 dias de avanço no comparativo semanal.
  • Os frigoríficos goianienses fecharam a semana com 9 dias úteis escalados, avançando 3 dias frente a semana passada.
  • Em Minas Gerais, Rondônia e Tocantins os abates estão programados para 7 dias úteis, com as escalas das 3 regiões acima da média dos últimos 12 meses.
  • As indústrias em Mato Grosso possuem 6 dias úteis escalados, recuando em 1 dia no comparativo semanal.
  • Os frigoríficos sul-mato-grossenses estão com 5 dias úteis de abates programados, queda de 1 dia ante a semana passada.

Na B3, os preços dos contratos futuros do boi gordo continuam fragilizados. As baixas seguem motivadas pelas preocupações com a capacidade de repasse dos custos operacionais das indústrias frigoríficas aos preços finais da carne bovina, relata a IHS.

Exportações

De acordo com dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em dezembro passado, o Brasil exportou 150,97 mil toneladas de carne bovina, um incremento de 50,8% sobre novembro de 2021.

No comparativo anual, o volume exportado registrou uma queda de 9,9% sobre dezembro/20. Porém, enfatiza a IHS, o mês de janeiro deve ser marcado por elevados volumes embarcados.

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