Para analista, cenário de oferta curta de animais e demanda interna fraca por carne bovina deve seguir no segundo semestre e diferencial nos preços virá do ritmo das exportações.
Na Bolsa Brasileira (B3), o contrato outubro/20 para o boi gordo registrou um avanço de R$ 40,00 em menos de três meses. No entanto, a expectativa do mercado é que para segundo semestre é que a oferta de animais siga restrita e a demanda interna continue enfraquecida.
De acordo com o Consultor de Agronegócio do Itaú BBA, César de Castro Alves, os preços da carne bovina firmes estão colaborando para as valorizações da arroba do boi gordo. “Nós últimos dias, os valores da carne bovina registraram altas enquanto que a cotação do frango e suínos está recuando”, relata.
Com relação aos preços do mercado futuro, o consultor destaca que os valores estão registrando altas consecutivas. “Em março, os preços estavam caindo significativamente em que o contrato Outubro/20 ficou próximo de R$ 170,00/@, e agora está próximo de R$ 215,00/@. Olha o tamanho dessa alta e que reflete esse momento de oferta restrita de animais”, comenta.
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Com os preços futuros valorizados e que não deve estimular um incremento na oferta de animais em função do ciclo pecuário. “Nós estamos com uma retenção de fêmeas muito fortes e os números do IBGE mostraram queda no abate de matrizes no primeiro trimestre deste ano. Os pecuaristas estão optando por segurar a vaca e isso não deve mudar no segundo semestre”, afirma.
As intenções de confinamento começam a melhor com a alta do mercado futuro e com o recuo no valor da alimentação dos animais. “Estamos trabalhando com o milho próximo de R$ 28,00/sc, ou seja, é um valor menor do que vinha acompanhando a algum tempo. No entanto, os preços do boi magro é muito improvável que tenha uma acomodação”, ressalta.
Fonte: Notícias Agrícolas