Arroba irá R$ 240 novamente, veja o que esperar!

A falta de boi para abate, flexibilização do isolamento social e demanda externa aquecida, fatores esses que vão ajudar o preço da arroba disparar!

A quantidade de negócios, de maneira geral mais fracos, diminuiu o nível dos estoques dos frigoríficos. Esse quadro, resultou em pressão positiva sobre o preço da arroba do boi gordo na maior parte das praças pecuárias. Na transição da safra para a entressafra do boi, preços da arroba estão subindo até para os animais destinados ao mercado interno. Confira!

Desde o início da semana até o momento, foram observados aumentos gradativos nos preços da arroba, cerca de R$ 5 em apenas dois dias em São Paulo. Com a oferta de animais a pasto segue cada vez mais escassa, os preços para a arroba podem voltar aos patamares observados no final do ano passado ao redor de R$ 240,00/@. Diante da cotação do dólar, as indústrias frigoríficas que atuam com exportação têm margens para ofertar preços maiores para a arroba.

Seguindo a toada do mercado, os preços tem disparado desde a última semana, com um aumento de quase R$ 12/@ nos últimos dez dias úteis da indústria. A junção de fatores como menor disponibilidade de animais para abate, demanda externa aquecida e abertura gradativa do isolamento social, trouxe melhores perspectivas para açougues e mercados.

Diante desse quadro, é esperado que essa melhora no consumo interno possa trazer uma maior pressão altista para o preço da arroba nas próximas semanas. Além disso, a alta do dólar nos últimos dias trouxe uma melhor margem para os frigoríficos que estão habilitados a exportação. Lembrando que é esse mercado externo, principalmente a China, quem tem ajudado a sustentar os preços da arroba nos momentos de crise por conta do COVID-19.

De acordo com o analista de mercado Fernando Iglesias, o mercado observou uma alta consistente na primeira semana de junho, e a expectativa é que o movimento de crescimento continue até o fim do mês.

“As plantas brasileiras de frigoríficos habilitados para exportar mantêm um ritmo regular de produção de carne, elevando os valores oferecidos nas aquisições do gado”, relata a Informa Economics FNP

Curto prazo

Apesar de estarmos na segunda quinzena do mês, cujo consumo de carne bovina é menor, da baixa disponibilidade de boiadas, e com as escalas de abate encurtando, as expectativas são de firmeza para a cotação do boi gordo. Ou seja, não há viés de baixa para os preços praticados hoje.

Além disso, já observamos altas significativas para as praças no Centro-Oeste, com destaque para Goiás e Mato Grosso do Sul, que já possuem negociações em patamares de R$ 200 a R$ 203/@, segundo as informações dos pecuaristas no app da Agrobrazil.

Médio Prazo

Quando analisamos o atual cenário, onde os preços continuam com uma tendência altista nas principais praças do país, enxergamos a grande possibilidade de que o pecuarista encontre bons preços nos primeiros dias de julho, superiores aos praticados atualmente. Mas quais os motivos?

Como citado anteriormente, a demanda externa deve continuar aquecida com apetite voraz pela carne brasileira que a China e outros países tem apresentado. Aliado a isso, no mercado interno, observamos o retorno das atividades que, gradativamente, começa a movimentar a economia e a injeção dos pagamentos de salário e do auxílio emergencial do governo nos primeiros dias de julho trazem otimismo para o consumidor.

Com isso, segundo alguns analistas, é possível que essa arroba encontre novamente os patamares próximos da casa de R$ 240/@ para o boi gordo ainda no início de julho.

De acordo com o Corretor de Commodities da Socopa, Breno Oliveira Maia Soares, os preços atuais da arroba estão sustentados em virtude da baixa disponibilidade de animais e também pelo o ciclo pecuário. “Nós estamos no meio de um ciclo pecuário, em que muitas matrizes foram para o abate nos últimos anos, na qual temos negócios na casa dos R$ 210,00/@ a R$ 215,00/@ na maioria das praças paulistas”, comenta.

Análise da Scot Consultoria

Oferta curta tem sido o principal vetor das valorizações, se somando ao mercado externo, veja análise da Scot Consultoria:

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