Arroba fecha semana com preço estável e em alerta!

O mercado segue com grande alerta em relação ao mercado interno e demanda externa; Frigoríficos se ausentam das compras com boi a R$ 325/@!

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta sexta-feira, 9, com uma semana mais curta na principal praça pecuária do país. O mercado continua a sentir e avaliar os efeitos do consumo externo e interno, de olho na situação econômica e avanço da vacinação. Com isso, a baixa fluidez das negociações, travou o mercado que fechou a semana cotado a R$ 325,00/@.

“Os frigoríficos passaram a se ausentar da compra de gado, avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas durante a próxima semana”, disse o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

Dessa forma, o boi, vaca e novilha gordos estão cotados, respectivamente, em R$315,00/@, R$294,00/@ e R$310,00/@, preços brutos e a prazo. Esses valores são para atender o mercado interno!

Para bovinos que atendem o mercado externo, a depender do lote e distância, os negócios chegam até R$325,00/@, preço bruto e a vista. Os pecuaristas que possuem lotes que atendem esse padrão estão cadenciando as vendas e esperando melhores oportunidades.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,43/@, na sexta-feira (09/07), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 308,37/@.

A oferta restrita de boi gordo no mercado físico juntamente com a recuperação da moeda norte-americana para os níveis de R$ 5,25, esse último fator pode trazer oportunidades para a indústria exportadora ir ao mercado com maior apetite.

Nos últimos dias, as indústrias frigoríficas buscaram acelerar a composição das escalas de abate, visando abastecer o sazonal aumento de demanda da primeira quinzena do mês, acrescenta a IHS.

Porém, até o momento, tal demanda não se consolidou, gerando excesso de estoque nas distribuidoras e varejistas, ressalta a consultoria.

Os frigoríficos, portanto, não mostram novas necessidades em adquirir animais terminados, buscando não movimentar os voláteis preços, decorrentes da oferta restrita de animais terminados. Do lado de dentro da porteira, pecuaristas se preocupam com as movimentações em torno dos custos de nutrição animal.

As recentes geadas que atingiram o Centro-Sul do País impactaram de maneira significativa a safra de milho, agravando a quebra de produção já prevista por conta de fatores climáticos adversos.

Segundo informa a IHS, há diversos relatos de renegociação de contratos de compra de milho para o ano de 2022, assim como rupturas, com fornecedores de grãos não entregando o volume negociado, por conta da variação de preços ou falta de matéria-prima.

As incertezas em torno da China ainda são numerosas. No entanto, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) “deve oferecer algum norte ao mercado, com sua atualização acerca do setor carnes mundial”.

Para Iglesias, a ausência de informações concretas acerca da China gera toda sorte de especulações no mercado internacional. “A recente ação do governo chinês de recompor seus estoques públicos estancou o movimento de queda no seu mercado doméstico”, assinalou Iglesias.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318, na modalidade à prazo.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 309, inalterada.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 314 a arroba.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. “O ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços, mesmo que isso ocorra de maneira comedida. A entrada dos salários é um importante motivador da reposição entre atacado e varejo, mas essa dinâmica tende a perder intensidade na segunda quinzena do mês. Importante mencionar que a predileção do consumidor médio ainda recai sobre a carne de frango, mais acessível se comparada com as proteínas concorrentes”, disse Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 21,05 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.

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