As principais tendências para o agro responsável

A atenção global está cada vez maior para a rastreabilidade das cadeias produtivas de alimentos, assim como foi pauta na Conferência Global sobre o Clima.

Anualmente, torna-se mais importante para quem procura produzir de forma responsável conseguir desenhar cenários a cada safra, acompanhar a evolução dos mercados e pesquisar avanços que possam ser incorporados às boas práticas agropecuárias. Indicando que essa preocupação deve se acelerar nos próximos anos, a atenção global cada vez maior com a rastreabilidade das cadeias produtivas de alimentos, por exemplo, esteve em pauta na Conferência Global sobre o Clima (COP 27), em novembro.

A União Europeia, em dezembro de 2022, enviou um sinal de alerta aos produtores de todo o mundo, quando aprovou uma nova regulamentação que proíbe a entrada no bloco de commodities produzidas em áreas desmatadas depois de 31 de dezembro de 2020. E, no cenário interno, a transição de governo traz consigo indagações sobre a postura da nova gestão em relação ao setor.

É possível destacar uma série de tendências, as quais podem nortear decisões e trazer benefícios ao produtor rural responsável em 2023 e nos anos seguintes.

Uma delas é a recuperação de áreas degradadas, uma prática crescente no campo, apontada como a melhor solução para o aumento da produção sem a necessidade de avanço sobre áreas com vegetação nativa. Providencialmente, foi um dos primeiros pontos de atenção do novo ministro da Agricultura.

Outra tendência é sobre o valor para a floresta em pé. Editada na última semana, uma medida provisória do governo anterior abriu uma nova frente para a valorização da produção combinada com a preservação da vegetação nativa. Além de abrir a possibilidade da geração de créditos de carbono dentro dos contratos de concessão de florestas públicas, a MP nº 1.151/2022 garante o reconhecimento dos ativos ambientais de vegetação nativa nas propriedades privadas.

Já a agricultura circular, trata do reaproveitamento dos resíduos da produção agropecuária, e tem se disseminado em muitas propriedades. Pesquisadores como Maurício Lopes, ex-presidente da Embrapa, apontam que esse conceito pode ser ampliado com as incorporações de ideias da economia circular já utilizada em algumas indústrias.

Por fim, destaca-se também a questão dos bioinsumos. Com a irregularidade no fornecimento, emissões de gases de efeito estufa e os preços em alta, a indústria de insumos agrícolas sofreu vários baques nos últimos anos, o que ajudou a acelerar a busca de alternativas e, desta forma, o interesse pelos bioinsumos. Com impacto positivo na redução da pegada de carbono das propriedades e na recuperação orgânica dos solos, devem estar cada vez mais presentes.

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