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São Paulo terá diplomacia própria para atrair investimentos

Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tomará frente em busca por investimentos e por aumentar as exportações do estado

Enquanto o Brasil vê grandes empresas fecharem filiais no país, o ex-Ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL), hoje governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai na direção contrária e passa a ter uma diplomacia própria para atrair investimentos e promover exportações para o Estado sem ter que depender do Ministério das Relações Exteriores e do governo federal.

Nosso entendimento é que São Paulo deve fazer mais que isso pelas suas dimensões. É o 3º PIB da América Latina, atrás somente do próprio Brasil e do México” – explicou o secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz.

E parece que a estratégia tem dado tão certo que, no dia 15 de março, um grupo de investidores alemães vieram a São Paulo para uma rodada de negociações entre o governo e a iniciativa privada. A ideia é focar em áreas que São Paulo tem vantagem competitiva, como a energia renovável, projetos de privatizações e Parcerias Públicos Privadas.

Entrevista coletiva do ministro da economia, Paulo Guedes
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência

O evento foi organizado, voluntariamente, pelo ex-Ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, que se colocou à disposição de outros Estados brasileiros que queiram levar investimentos às suas regiões.

“O Brasil tem um grande potencial para atrair investimentos. Nenhum país está tão capacitado para fazer a transição da economia cinza para a economia verde. Temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Isso é motor da reindustrialização” – destacou.

Segundo Lucas Ferraz a ideia é ir além do que ele chamou de “paradiplomacia”, exercida pelos governos locais.

“Os alemães estão passando dificuldades com custo de energia, que aumentou pela guerra na Ucrânia. Não voltará ao patamar anterior. Há necessidade do uso de tecnologia renovável e São Paulo pode prover com o etanol que, além de tudo, é fonte de hidrogênio verde”, explicou.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, participa da cerimônia de lançamento da Operação Rodovida 2021:2022 nas rodovias federais do país, no Palácio do Planalto
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Além das energias renováveis, foram apresentados os projetos de privatização e PPPs (Parceria Público Privada) e mostradas iniciativas que a atual administração pretende tomar para melhorar o ambiente de negócios. Entre as iniciativas estão uma reforma tributária em São Paulo, independente da nacional, e a desoneração de exportações.

Segundo Lucas, os objetivos do governo com essa visita são atrair investimentos para concessões, abrir mercados e trazer empresas alemãs para o Brasil dentro de uma lógica de reindustrialização do país a partir de São Paulo.

“O evento se inseriu em um contexto de reconfiguração das cadeias globais de valor. Vivemos um momento geopolítico complexo, com o desacoplamento das economias dos Estados Unidos e da China. Tivemos a covid e a guerra. Por isso, temas como near shoring (se aproximar dos fornecedores) e friendly shoring (fazer negócios com países alinhados) são tão relevantes agora”, disse.

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