
Mercado do boi gordo, físico e futuro, seguem acompanhando a escalada dos preços ofertados. A melhora no escoamento, atrelado a baixa oferta de animais para abate, sugere que o movimento de alta continuará no curto prazo.
O mercado físico do boi gordo continua a registrar aumentos nos preços. A situação atual das escalas de abate, ainda curtas, sugere a manutenção desse movimento de alta a curto prazo. Já no mercado futuro do boi gordo, os contratos seguem com grande valorizações, em uma aposta ainda maior em relação a demanda pela carne bovina para o último trimestre do ano, tanto no mercado interno quanto externo. Dessa forma, os pecuaristas seguem mais otimistas com a virada no ciclo pecuário.
Os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins estão experimentando um aumento mais consistente nos preços, enquanto em Mato Grosso, Acre e Minas Gerais, o movimento é mais discreto, de acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista e consultor da Safras & Mercado.
As cotações de todas as categorias de bovinos destinados ao abate estão vivendo com melhores ofertas de preços no comparativo dia a dia, reflexo de um melhor escoamento de carne e redução na oferta. Os pecuaristas continuam retraídos e, com isso, ofertas de compra acima da referência estão aparecendo, entretanto ainda não são referência de negócios.
O boi comum está sendo negociado em R$215,00/@, a vaca em R$190,00/@ e a novilha em R$205,00/@, preços brutos e a prazo. A arroba do “boi China” está precificada em R$220,00, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@. Há ofertas acima da referência.
O Indicador do Boi Gordo Cepea/B3 segue acompanhando as demais consultorias e apresentou nova valorização nos preços, com acumulando uma variação mensal positiva de 9,43%. Com isso, os preços seguem cotados em R$ 218,65/@. Confira o gráfico abaixo onde é possível ver a recuperação dos preços ao longo das últimas semanas.
No mercado futuro, a alta dos contratos também segue de forma mais consistente ao longo desta semana, conforme as consultorias que acompanham o mercado. No fechamento desta quinta-feira, todos os contratos tiveram valorização. O contrato com vencimento em outubro fechou cotado a R$ 237,10/@ (1,41%), o destaque fica para o mês de novembro que alcançou o preço de R$ 239,00/@ (0,91%). Essa tendência mostra um maior otimismo em relação a demanda pela carne bovina, atrelada a menor oferta de animais para abate.
O rebanho bovino no Brasil cresceu em 2022
A Pesquisa de Pecuária Municipal (PPM) divulgou hoje (21/9) a estimativa para o rebanho bovino brasileiro em 2022. Pelo quarto ano consecutivo, o rebanho cresceu e alcançou recorde. Em 2022, o aumento foi de 4,3% em relação a 2021, com o rebanho estimado em 234,4 milhões de bovinos.
Mato Grosso segue na liderança do efetivo nacional, com 34,2 milhões de cabeças, ou 14,6% de participação. Na sequência, Pará, com 10,6% e Goiás com 10,4%. Destaque para São Félix do Xingu (PA), munícipio com o maior rebanho do país com 2,5 milhões de cabeças.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- São Paulo: R$ 223 por arroba do boi gordo.
- Goiânia, GO: R$ 210 por arroba do boi gordo.
- Uberaba, MG: R$ 218 por arroba do boi gordo.
- Dourados, MS: R$ 222 por arroba do boi gordo.
- Cuiabá, MT: R$ 183 por arroba do boi gordo.
Mercado atacadista
O mercado atacadista também continua a registrar preços em alta para a carne bovina.
Iglesias afirma que as condições atuais do mercado sugerem a continuidade desse movimento, especialmente no próximo período de virada do mês. É importante notar que, embora a carne de frango tenha perdido competitividade nas últimas semanas, ainda é preferida pela parcela da população de maior renda, de acordo com o analista.
Os preços foram os seguintes:
Quarto traseiro: R$ 17,00 por quilo, um aumento de R$ 0,40.
Quarto dianteiro: R$ 13,50 por quilo, um aumento de R$ 0,70.
Ponta de agulha: R$ 13,50 por quilo.
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