Boi gordo sobe mais de R$ 11 e encerra a semana em alta!

As indústrias ainda encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, voltando a operar com estoques enxutos; Pra cima pecuária!

O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos, de estáveis a mais altos nesta sexta-feira, 4. Pautado por um mercado com lacuna na oferta de animais para abate, os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, voltando a operar com estoques enxutos e “disputando” a matéria-prima no campo, trazendo valorizações para a arroba!

O valores da arroba voltaram a disparar no mercado físico, impulsionados pela abertura de mês, os preços avançaram cerca de R$ 11,77/@, comparando a abertura de maio com o fechamento do último dia 04. Os valores do mercado futuro seguem em escalada firme e apontando valores de R$ 340 em contratos com vencimento para dezembro deste ano.

Segundo os dados da Scot Consultoria, o mercado abriu calmo após o feriado de Corpus Christi, marcado por poucos negócios e com parte dos frigoríficos fora das compras. As cotações permaneceram estáveis na comparação diária. Dessa forma, boi, vaca e novilha gordos estão sendo negociados em R$312,00/@, R$290,00/@ e R$302,00/@, nessa ordem, preços brutos e a prazo.

O ágio do macho com até quatro dentes voltados à exportação chega até R$10,00/@, dependendo da distância e do volume negociado. Com aumento gradual no volume das exportações em junho, esses animais devem continuar em valorização.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,90/@, na sexta-feira (04/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 303,09/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 305,84/@.

Já o Indicador do Cepea, voltou a apresentar grande valorização de 3,58% e fechou apregoado em R$ 311,45/@ com a grande lacuna na oferta de animais para abate. Outro ponto que chama atenção é o preço da arroba do boi brasileiro no mundo, que fechou a última semana apregoado a U$ 60,12/@.

Escalas de abate apertadas

Semana de poucas novidades para o mercado físico de boi gordo. As indústrias seguem encontrando dificuldades no preenchimento de suas escalas de abate, enquanto em alguns estados registraram avanços outros registraram decréscimo no total de dias já com animais programados.

  • Em São Paulo, as indústrias fecharam a semana com 8,0 dias úteis já preenchidos. A região paulista possui os cronogramas mais longos, dentre os estados analisados.
  • A região goiana fica em segundo lugar no quesito dias de abate já comprometidos, com a média de 7,0 dias úteis.
  • Minas Gerais encerrou a sexta-feira com cerca 6,0 dias úteis já preenchidos.
  • Por fim, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul encerraram a semana com cerca de 5,0 dias úteis, alinhados com a média parcial anual.

Segundo dados divulgados, o primeiro giro de confinamento é mais tímido em 2021, avaliando o recente comportamento dos custos pecuários, com os preços da reposição e da nutrição animal em seu topo histórico, houve uma menor atratividade para o confinador.

Mesmo com uma avaliação de alta de preços no mercado físico e futuro, o engenheiro agrônomo Cesar de Castro Alves, consultor de Agronegócios do Itaú BBA, também ressalta um cenário desafiador ao pecuarista, especialmente o confinador, por conta da alta nos custos.

“O cenário é muito desafiador para o segundo semestre e as margens projetadas para os preços atuais de boi magro e ração. Mesmo considerando os contratos futuros do boi gordo, o que se sugere atualmente é que alguns animais poderão ficar no pasto”, avalia Alves.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317, na modalidade à prazo, estável.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 301 a arroba, ante R$ 300 na quarta-feira.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável.
  • Em Cuiabá, a o valor da arroba foi indicado em R$ 304 – R$ 305, ante R$ 304.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 305 a arroba, ante R$ 305 – R$ 306.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina subiram. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda  sugere pela continuidade do movimento durante a primeira quinzena de junho, consequência da entrada da massa  salarial na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo.

“Somado a isso precisa ser considerada a maior dificuldade dos frigoríficos na composição de suas escalas de abate, resultando em estoques enxutos, situação que  aumenta a propensão a reajustes”, diz Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,70 o quilo, alta de 35 centavos. O corte dianteiro teve preço de R$  17,25 o quilo, alta de 35 centavos, assim como a ponta de agulha, com mesmo preço e variação.

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