Boi gordo some da praça e arroba vai em disparada

Como de praxe, compradores e vendedores estão analisando o cenário antes de tomar grandes decisões e negociações firmam a R$ 320,00/@!

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis a mais altos nesta segunda-feira, 31, com pouca movimentação. Como de praxe, abertura da semana costumam ser pautadas por um ritmo cadenciado de negócios, com indústrias e pecuaristas estudando as melhores estratégias de negociação para o restante da semana.

De forma geral, a oferta de animais terminados permanece tímida, sem grande espaço para avanços consistentes ao longo da primeira quinzena do mês. A menor oferta de animais continuará a ditar os rumo dos preços e, ao que observamos, os valores devem continuar com viés de alta em importantes praças pecuárias pelo país!

Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria, os preços da arroba abriram a semana com estabilidade, com o boi, a vaca e novilha gordos estão apregoados, respectivamente, em R$310,00/@, R$287,00/@ e R$301,00/@, preços brutos e a prazo. 

A referência para bovinos que atendem às exportações também segue em disparada, negociada em R$320,00/@, com negócios pontuais acima dessa referência podendo ocorrer. Preços vão subir ainda mais!

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 319,48@, na segunda-feira (31/05), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,71/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 299,16/@.

Os preços nas praças paulistas seguem acima de R$ 315,00/@ com a máxima batendo em R$ 320,00/@, apontou o app para o mercado físico. Já o Indicador do Cepea, como de praxe, abriu a semana com leve desvalorização e apregoado a R$ 316,15/@.

“Com a programação de abate apertada, as indústrias devem sair às compras com mais apetite para reabastecer o estoque e atender à demanda”, prevê a consultoria de Bebedouro, SP.

Segundo a IHS, pontuais aquisições das plantas frigoríficas seguem focadas em fêmeas, cujos preços são mais baixos em relação aos machos. “Porém, a grande retenção de matrizes para recomposição de rebanho torna o preço bastante sensível a qualquer incremento de procura”, observa a consultoria.

Semana curta e necessidade de compra

Vale a ressalva que a semana mais curta, por conta do feriado nacional na quinta-feira (3/6), associada ao início do mês, trazem expectativas positivas para o consumo de carne no mercado interno e, com a programação de abate apertada, as indústrias devem sair às compras com mais apetite para reabastecer o estoque e atender à demanda.

Fechamento Cepea

O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de baixa dos preços no início da semana. A cotação variou -0,3% em relação ao dia anterior e passou de R$ 317,1 para R$ 316,15 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,34%. Em 12 meses, os preços alcançaram 54,98% de alta.

Mercado Futuro

Na B3, os contratos futuros do boi gordo seguiram a tendência majoritária dos últimos dias e fecharam em alta consistente. O vencimento para maio passou de R$ 312,50 para R$ 313,92, no último dia de negociação do contrato. Enquanto isso, o para junho foi de R$ 322,55 para R$ 323,10 e o para outubro, de R$ 339,05 para R$ 340,20 por arroba.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, na capital de São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317, na modalidade à prazo, estável na comparação com a sexta-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300 a arroba, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 302, inalterada.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 304, estável.
  • Em Uberaba (MG), preços a R$ 305 a arroba, estáveis.

Carne bovina no atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por maior espaço para reajustes no decorrer da primeira quinzena do mês, com a entrada dos salários na economia impulsionando a reposição entre atacado e varejo.

“Entretanto, é relevante destacar que a predileção do consumidor médio tende a permanecer nos cortes mais acessíveis, a exemplo do quarto dianteiro e da carne de frango propriamente dita”, diz Iglesias. Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 16,90 o quilo, assim como a ponta de agulha.

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