Brasil segue livre de gripe aviária e desponta no mercado internacional

Nos últimos 30 dias foram relatados para a Organização Mundial de Saúde Animal 935 casos na África, América do Norte, Ásia e Europa.

Os surtos de gripe aviária atingem muitos países nos últimos meses. O mapa divulgado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) nesta quarta-feira (23) deixa evidente como os casos estão em quase todos os continentes do mundo. América Latina e Oceania são os únicos que estão livres dos surtos da doença por enquanto.

Nos últimos 30 dias foram relatados para a Organização Mundial de Saúde Animal 935 casos na África, América do Norte, Ásia e Europa, sendo a maioria (676)  de H5N1, e alguns registros de H5N2 e H5N8. Um dado preocupante é que a China já relatou 10 novos casos de infecções humanas causadas pela gripe aviária.

Com todos esses surtos e a preocupação com a doença, o mercado mundial da carne de frango tem reagido de um jeito diferente, comparado com momentos anteriores, onde praticamente tudo foi paralisado por conta da gripe aviária.

É que nos surtos anteriores, os países que importavam frango, embargaram o recebimento de países que exportavam a carne, mesmo que apenas algumas regiões tivessem sido afetadas. Um exemplo é a China que no surto de 2016 parou de importar qualquer produção avícola dos Estados Unidos, mesmo que os casos de gripe aviária foram registrados apenas em alguns estados e não afetaram a indústria do frango.

Pois bem, isso mudou. Agora o veto de exportação é feito apenas para as regiões afetadas pelos surtos de gripe, ou seja, não afeta mais as exportações de frango de um país inteiro. Isso acontece depois que a avicultura exportadora desenvolveu o conceito da compartimentação, para minimizar os problemas que o setor enfrenta em situações como as de surtos de gripe aviária.

Com tudo isso dito, um cenário é claro: o Brasil, estando livre da gripe aviária se beneficia como exportador de carne de frango, afinal mesmo com a mudança do mercado mundial em não restringir mais totalmente os países afetados, muitos deles tem grandes regiões avícolas atingidas pela doença o que diminui o número de exportações.

Portanto no caso do Brasil, e também outros países sem registros de surtos da gripe aviária, sem dúvidas devem ser mais beneficiados em meio a uma crise de surto da doença em vários continentes. Mesmo assim os países não afetados precisam redobrar os cuidados, afinal a onda atual de casos da gripe aviária, é uma das mais preocupantes dos últimos tempos.

Fonte: O Paraná

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