Preços da soja já explodiram e devem subir mais, confira

Mercado considera que março e abril terão dias muito tensos em relação a comercialização da soja, podendo ser um período de muita volatilidade diante dos atuais acontecimentos.

O cenário de aversão ao risco fez com que o dólar voltasse a avançar, chegando a próximo dos R$ 5,10, sustentando os preços da soja no mercado físico brasileiro.  Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é comercializada na média de R$ 200,00/sc.

A quinta-feira foi de intensa volatilidade nas cotações da oleaginosa na CBOT, com forte alta na abertura devido ao conflito Rússia vs Ucrânia, mas encerrou o dia em queda devido à expectativa de maior área plantada de soja para a safra 22/23 nos EUA. O vencimento mar/22 ficou cotado em US$ 16,62/bu, queda de 0,81%.

O mercado brasileiro de soja teve um dia de negócios pontuais e de preços entre estáveis e mais altos, mas níveis nominais. O sobe-desce dos contratos futuros em Chicago afastou os negociadores. A alta do dólar segurou as cotações.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos estabilizou em R$ 208,00

– Região das Missões: a cotação ficou em R$ 207,00

– Porto de Rio Grande: o preço estabilizou em R$ 209,00

– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 194,50 para R$ 195,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 200,00 para R$ 201,00

– Rondonópolis (MT): a saca avançou de R$ 185,00 para R$ 186,00

– Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 190,00

– Rio Verde (GO): a saca permaneceu em R$ 181,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira (24) com preços em baixa. A invasão russa à Ucrânia determinou um dia de muita tensão e volatilidade para a oleaginosa.

Após atingir o maior patamar em mais de nove anos – na máxima do dia, o contrato maio registrou US$ 17,59 por bushel, o mercado sucumbiu a um movimentou de realização de lucros. Com alguns mercados mais acomodados, os investidores aproveitaram para embolsar ganhos.

O conflito na Ucrânia atingiu em cheio o óleo de soja, que registrou os maiores patamares da história. O país é responsável por 80% das exportações das exportações de óleo de girassol, o que trouxe temores em torno do abastecimento global.

O risco de interrupção das vendas ucranianas se tornou mais sólido com a invasão e o fechamento dos portos. Como consequência, trigo e milho operaram nos limites diários de alta em Chicago, o que também impulsionou a soja. Além disso, o petróleo subiu muito na parte da manhã, com o brent superando US$ 100 barril.

Mas perto do fechamento, o barril virou e registrava perdas, fato que ajudou a pressionar ainda mais a soja, que fechou perto das mínimas do dia.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 13,50 centavos de dólar por bushel ou 0,8% a US$ 16,61 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 16,54 por bushel, com perda de 17,00 centavos ou 1,01%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 10,40 ou 2,23% a US$ 455,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 71,97 centavos de dólar, com alta de 1,39 centavo ou 1,96%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em R$ 5,1040, com alta de 2,01%. A moeda norte-americana, que chegou a quebrar a barreira dos 3%, foi fortemente influenciada pela tensão na Ucrânia, mas após o discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciando sanções à Rússia, teve significativa desaceleração.

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