A carne de frango inspecionada em quatro dos seis meses do primeiro semestre, o volume de abatidos recuou em relação a 2021.
Os dados do IBGE referentes aos abates de frangos no primeiro semestre de 2022 corroboram as alegações do mercado de que a contrapartida ao melhoramento genético da ave (maior peso) vem tendo como resultado natural a menor produtividade do plantel reprodutor. Ou seja: é possível produzir mais carne com menos frangos.
Os números mensais do IBGE deixam isso mais claro: em quatro dos seis meses do primeiro semestre o volume de frangos abatidos recuou em relação a 2021. Somente no bimestre maio/junho apresentaram incremento, ainda assim mínimo, inferior a meio por cento.
Isso fez com que os abates da primeira metade de 2022 recuassem mais de 1,5%, enquanto o total em 12 meses apresentou queda de 0,62% – um índice menor, pois no segundo semestre de 2021 as reduções ficaram restritas a três ocasiões (meses de julho, outubro e dezembro).
Ainda assim, quer em termos semestrais, quer anuais, o volume de carne de frango foi superior ao de idêntico período anterior. E em 2022, em apenas uma ocasião, no mês de abril, os abates ficaram aquém dos registrados um ano antes (o que, sem dúvida, ajudar a explicar por que naquele mês foram registrados os melhores preços dos oito primeiros meses de 2022).
A conclusão, pois, é a de que aumentou o rendimento dos frangos em criação. Fato comprovado ao contrapor-se o volume de carne ao número de cabeças abatidas, procedimento que indica incremento contínuo (isto é, em 12 meses, sem exceção) na produtividade do setor. Na média dos seis primeiros meses de 2022 ela aumentou 3,35% e em 12 meses 3,53%.
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