A ministra Tereza Cristina e o ministro Tarcísio de Freitas conversaram em live sobre as obras de logística em andamento e que beneficiam o agro.
m live com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira (13) que o governo trabalha para melhorar a logística, principalmente para atender ao crescimento da produção agrícola brasileira, e prevê que as obras em andamento surtirão efeito em cinco anos quando “o Custo Brasil irá desabar”.
“A gente precisa responder a esse desafio que o agro nos impõe, para acabar com aquela máxima de que ‘somos eficientes da porteira para dentro e ineficientes da porteira para fora’. Vamos ter que ser eficientes da porteira para fora também. Não temos alternativa, porque vamos cada vez mais sofrer a competição do resto do mundo e temos que melhorar muito nossa logística”, afirmou o ministro. Na live, a ministra Tereza Cristina perguntou ao colega sobre os projetos de infraestrutura.
A ministra Tereza Cristina ressaltou que há muito tempo os produtores rurais esperam por um sistema de logístico mais eficiente, já que o escoamento da produção – da fazenda até o porto – é um dos principais desafios do agro brasileiro e o que eleva o custo do produto. “Os produtores rurais esperavam por isso, essa transformação da expectativa em realidade”, disse.
Tarcísio de Freitas citou diversas obras em andamento, como ferrovias e hidrovias.
Sobre cabotagem, o ministro disse que a estratégia é reduzir o custo da navegação. “É um absurdo não usarmos esse imenso potencial de costa que o Brasil tem. Vamos usar a navegação de cabotagem para fazer um transporte que é muito mais eficiente e barato”.
Ele explicou o projeto de lei do Programa de Incentivo à Cabotagem, chamado ‘BR do Mar’, apresentado pelo governo ao Congresso Nacional. O objetivo é aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos e dobrar o volume de contêineres transportados. A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. Segundo o Ministério da Infraestrutura, é um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.
Tarcísio de Freitas lembrou que Medida Provisória 945, que altera a legislação portuária, também é um caminho para aumentar os investimentos no setor. De acordo com ele, a MP, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, simplifica o processo de arrendamento de terminais. “A nossa missão é dar infraestrutura para aqueles que têm cadeias verticalizadas, que precisam ter um cais e ter acesso portuário. Não faz sentido ter um processo super lento para viabilizar esse acesso portuário”, disse. Conforme o ministro, até o fim deste ano, o governo deve fazer 11 leilões de arrendamento portuário. No ano passado, foram realizados 13 leilões.
Outra meta, de acordo com o ministro da Infraestrutura, é dobrar a participação do modal ferroviário em oito anos no transporte de cargas. A primeira vitória ocorreu no ano passado, com o leilão da Ferrovia Norte-Sul, que ano que vem tem a obra concluída e operacional. “Vai ser uma grande coluna vertebral ferroviária”, disse, citando ações para Ferrogrão e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste.
A ministra Tereza Cristina ressaltou a importância da ampliação da capacidade de transporte das ferrovias e a interligação com os portos para o escoamento da safra de grãos, bem como fluxo de insumos e fertilizantes para os grandes estados produtores do país. “As oportunidades que vão surgir com tudo isso que será feito, o que vai gerar de emprego, de renda para quem vive no interior”.
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Tarcísio de Freitas citou os investimentos em hidrovias, como na Hidrovia do Paraguai, que movimenta cerca de três milhões de toneladas de produtos, e irá receber serviços de dragagem, sinalização e balizamento.
Os ministros lembraram a ação conjunta das pastas para garantir o abastecimento de alimentos para os brasileiros durante a pandemia.
Fonte: MAPA