Como foi o ano de 2024 para os confinadores e as expectativas para 2025, especialista explica

A quinta edição da Expedição Confina Brasil, liderada pela Scot Consultoria, trouxe uma radiografia completa sobre o perfil das fazendas visitadas, os desafios enfrentados pelos confinadores e as projeções para 2025.

O ano de 2024 foi marcante para o setor de confinamento de bovinos no Brasil, evidenciando uma crescente profissionalização e avanços significativos em gestão e tecnologia. A quinta edição da Expedição Confina Brasil, liderada pela Scot Consultoria, trouxe uma radiografia completa sobre o perfil das fazendas visitadas, os desafios enfrentados pelos confinadores e as projeções para 2025.

De acordo com Julia Zenatti, coordenadora da expedição, o que mais chamou atenção da equipe foi a profissionalização do setor, com destaque para a excelência na gestão operacional e nas estratégias produtivas. “Todo ano conhecemos confinamentos que demonstram excelência tanto na gestão operacional quanto na gestão de equipes e estratégias produtivas”, destacou Zenatti.

As fazendas têm ampliado o uso do confinamento como ferramenta multifuncional, indo além da terminação. “Também percebemos uma expansão no uso do confinamento em estratégias como o sequestro de bezerros e a preparação de bovinos para reprodução”, explicou.

O levantamento revelou um crescimento de 17,9% na intenção de confinamento entre as propriedades visitadas. Em âmbito nacional, a Scot Consultoria projeta um aumento de 6,5% no total de bovinos confinados para abate, somando 7,37 milhões de cabeças em 2024.

Insumos e custos em 2024

O milho manteve sua posição como o principal insumo energético, presente em 60,5% das dietas, seguido pelo sorgo, com 19,5%. No volumoso, a silagem continua indispensável, utilizada por 92% dos confinamentos. “A maior parte das propriedades ainda opta por produzir o insumo internamente, com destaque para as silagens de milho e capim”, comentou Julia Zenatti.

Entre os proteicos, os coprodutos do etanol de milho, como DDG e DDGS, ganharam espaço. “Hoje, eles já são a principal fonte de proteína em 31,7% das dietas, enquanto o caroço e a torta de algodão também continuam contribuindo para a redução de custos em muitos casos”, acrescentou.

Houve uma redução média de 10% no custo da dieta, fixando-se em R$11,28 por cabeça/dia, reflexo da queda nos preços dos principais insumos. Apesar disso, o maior impacto financeiro foi o custo de reposição, que, embora inferior ao de 2023, ainda representa um grande desafio.

“A rentabilidade variou muito conforme o planejamento de cada confinador. Quem conseguiu comprar reposição a preços favoráveis e negociou bem os insumos obteve margens mais positivas, especialmente no segundo semestre, com a alta do boi gordo”, explicou a coordenadora.

Gestão e tecnologia como pilares de eficiência

A integração de ferramentas de gestão e tecnologia tem contribuído para melhorar a eficiência dos confinamentos. Softwares de gestão, automação de processos e monitoramento de desempenho estão cada vez mais presentes. “Observamos avanços significativos no uso de ferramentas como travas de mercado, que ajudam os confinadores a mitigar os impactos das oscilações de preços”, ressaltou Julia.

No entanto, o principal desafio ainda é a mão de obra. “Entre as dificuldades mais frequentes estão a contratação, a qualificação técnica, os baixos níveis de escolaridade e a baixa participação feminina no setor”, afirmou a coordenadora, destacando que esses temas têm sido abordados com frequência nos eventos organizados pela Scot Consultoria.

Expectativas promissoras para 2025

As perspectivas para 2025 são animadoras. Segundo a pesquisa da Scot Consultoria, 72,8% dos confinadores esperam aumentar o volume de bovinos confinados em relação a 2024. Esse otimismo reflete uma possível virada no ciclo pecuário.

“Os indicativos de alta nas cotações do boi gordo e a expectativa de melhora no mercado interno e externo ainda em 2024 reforçaram a confiança dos confinadores”, afirmou Julia Zenatti.

O Brasil segue como líder global no setor, impulsionado pela demanda internacional por carne de qualidade e pela adoção de práticas sustentáveis. “A crescente demanda internacional, aliada à evolução do confinamento brasileiro, nos coloca em posição de destaque. O setor tem equilibrado produtividade, cuidado ambiental e transparência para atender tanto o mercado interno quanto as rigorosas exigências internacionais”, concluiu a coordenadora.

Acesso ao relatório completo

Para quem deseja aprofundar-se nos dados da Expedição Confina Brasil 2024, o relatório completo está disponível no site oficial do projeto: confinabrasil.com.

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