Conheça o Capitão Steak: corte “dos Flintstones” que conquistou o churrasco brasileiro

Reunindo até seis tipos de carne em uma única peça, o Capitão Steak – também chamado de Bife dos Flintstones – vem ganhando espaço nas grelhas do país com seu sabor intenso, visual imponente e toque histórico.

O churrasco brasileiro está passando por uma verdadeira revolução. Cortes antes considerados “rústicos” ou “brutos” têm reconquistado espaço entre chefs e amantes da carne, e um dos protagonistas dessa nova fase é o Capitão Steak, também conhecido como Bife dos Flintstones. Esse corte americano, que impressiona pelo tamanho e diversidade de sabores, tem se tornado uma estrela nas grelhas e mesas de todo o Brasil.

Um gigante no sabor e na tradição

O Capitão é um corte grande, robusto e saboroso, com peso médio entre 2 kg e 2,5 kg, sendo ideal para preparo na grelha ou no forno. O que o torna único é o fato de reunir até seis cortes diferentes em uma única peça: coxão mole, coxão duro, lagarto, patinho, músculo e, ocasionalmente, a ponta da alcatra.

Essa fusão de texturas e sabores faz com que cada fatia ofereça uma experiência distinta — ora mais suculenta, ora mais firme, mas sempre intensa e marcante.

O corte é retirado da parte traseira do boi, conhecida como “bola” ou “coxa”, obtido por meio de um corte horizontal do pernil bovino. A presença do osso e dos músculos interligados adiciona uma dose extra de sabor, principalmente quando preparado lentamente ou assado.

Da guerra à grelha: a origem do nome Capitão Steak

O nome “Capitão” carrega um toque de história e mistério. Há quem diga que o corte era reservado aos oficiais durante a Guerra dos Farrapos (1835–1845), no Rio Grande do Sul, por ser uma peça nobre e farta. Outros defendem que a alcunha vem da imponência da peça, que se destaca entre os demais cortes como um verdadeiro “comandante” do churrasco.

Além de sua origem curiosa, o Capitão é sinônimo de confraternização. Sua dimensão e diversidade o tornam ideal para churrascos em grupo, onde o preparo é parte da celebração. Na grelha, impressiona pelo visual, podendo ser servido inteiro ou em bifes altos, e oferece o que muitos churrasqueiros chamam de “corte democrático”, já que agrada a todos os paladares.

Dicas de preparo: o segredo está no tempo

Por ser uma carne composta por diferentes músculos, o segredo do Capitão está no controle de tempo e temperatura.

Os especialistas recomendam diferentes técnicas:

  • Sous-vide: cozimento lento em banho-maria com termocirculador, garantindo maciez extrema;
  • Churrasqueira tradicional: tempero básico de sal grosso, alho, alecrim e azeite;
  • Marinado com vinho tinto e ervas: para realçar os sabores naturais;
  • Assado no forno: após selar a carne por cerca de três minutos de cada lado, leve a 180°C por 15 a 45 minutos, conforme o ponto desejado.

O sucesso do Capitão simboliza uma tendência crescente: o resgate dos cortes menos valorizados, que agora ganham protagonismo pela autenticidade e sabor. Essa valorização vai além da moda — representa um retorno à cozinha com história, tempo e partilha, onde cada pedaço da carne é aproveitado ao máximo.
Não por acaso, chefs e marcas premium, como a Linha Black Angus da VPJ, já comercializam o corte, apostando na experiência que mistura tradição e sofisticação.

O Capitão Steak é mais do que carne: é história, técnica e convivência em um único corte. E como dizem os mestres da brasa, “há cortes que alimentam e há cortes que emocionam” — e o Capitão, sem dúvida, pertence à segunda categoria.

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