
Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo, todas as entidades estão sendo convocadas para uma reunião extraordinária do órgão que deverá ocorrer no dia 7 de dezembro.
A Câmara Técnica do Conselho Paritário Produtores/Indústrias do Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) vai se reunir na próxima semana para iniciar as discussões sobre a revisão dos custos de produção da cadeia que balizam o preço de referência do leite.
A decisão foi tomada na reunião mensal do conselho, atendendo à reivindicação que vinha sendo feita pelas entidades representantes da agricultura familiar, que decidiram se retirar das reuniões até que a base de cálculo fosse revista e contivesse os custos atualizados.
Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo, todas as entidades estão sendo convocadas para uma reunião extraordinária do órgão que deverá ocorrer no dia 7 de dezembro.
O vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, adianta que as entidades esperam agora sentar à mesa com a indústria e discutir uma fórmula mais justa para o cálculo do preço de referência, que considere os custos atualizados tanto do campo quanto da indústria, altamente inflacionados em 2020 e 2021. “Queremos sentar e colocar as cartas na mesa agora, porque o preço de referência estava irreal em relação ao que era praticado no campo”, observa Zanetti.
Em razão das divergências, o Conseleite não vai divulgar o preço de referência do leite apurado em novembro, mas o dirigente da Fetag afirma que isso não prejudica a comercialização, servindo apenas como um parâmetro.
- Stay Period: pode o credor tomar o bem da empresa em recuperação? Entenda a polêmica
- Brasil vive contradição: sobra de energia solar e conta de luz mais cara
- Importação chinesa de milho cai 90,5% em agosto e a de trigo cede 44,8%, diz Gacc
- Carreta com mais de 40 toneladas de milho tomba e espalha carga na BR-163
- Publicada MP que abre crédito extraordinário de R$12 bilhões para renegociação de dívidas rurais
Responsável pelo estudo mensal que estabelece o preço de referência, o professor de Economia Marco Antonio Montoya, da Universidade de Passo Fundo (UPF), diz que a atualização dos custos de produção do campo e da indústria era feita a cada dois anos, com acordo de todas as partes.
O professor, surpreso com o afastamento das entidades dos produtores, esclarece que apuração do índice é feita mensalmente considerando os preços de cada produto da indústria láctea. “Os custos são os moderadores destes preços, mas não mudam nem para um lado e nem para o outro”, afirma. Segundo ele, a metodologia é moderna e vem sendo utilizada por outros conselhos paritários.
Fonte: Correio do Povo