Cooperativas reforçam pedido de R$ 330 bi para Plano Safra 22/23

A informação já havia sido antecipada pelo Broadcast Agro no dia 12 de abril. As entidades tiveram reunião com o ministro na segunda-feira (2/5), em Brasília (DF).

Representantes de cooperativas agropecuárias e de crédito reforçaram ao ministro da Agricultura, Marcos Montes, o pedido de R$ 330 bilhões para o próximo Plano Safra, 2022/23, 31% acima do montante do Plano Safra 2021/22. A informação já havia sido antecipada pelo Broadcast Agro no dia 12 de abril. As entidades tiveram reunião com o ministro na segunda-feira (2/5), em Brasília (DF).

Segundo nota da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Montes disse que as propostas do cooperativismo são a “espinha dorsal” do que a pasta planeja para o Plano. “Destaco duas premissas, a elevação do montante de recursos alocados para a equalização de taxas de juros e a concentração de negócios. E o aumento de 31% dos recursos, solicitado pelas cooperativas, acompanharia a elevação dos juros e dos custos de produção, ou seja, os números colocados hoje batem com os nossos”, disse Montes.

Sobre concentração de negócios, o ministro se referiu ao cenário retratado pelas entidades sobre a consolidação do segmento de revendas e cerealistas por fundos. Dos R$ 330 bilhões, R$ 234 bilhões deveriam ser destinados ao custeio da safra e comercialização e R$ 97 bilhões a investimentos, conforme as cooperativas. Elas também pedem elevação dos porcentuais de depósito à vista e de poupança rural destinados ao crédito rural (hoje 25% e 59%, respectivamente) e mais dinheiro para equalização das taxas.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, pediu que “ao menos 30%” dos recursos do Plano tenham taxas de juros controlados. Já o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou a necessidade de crédito para investimentos, argumentando que apenas cooperativas do Paraná pretendem investir em torno de R$ 30 bilhões até 2026.

Segundo Ricken, buscar recursos no mercado não é atrativo, porque tanto bancos quanto o mercado de capitais ainda não oferecem linhas com prazos superiores a cinco anos de forma competitiva.

Fonte: Estadão Conteúdo

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