Déficit na oferta de diesel no país em outubro deve ser suprido por estoques

“Os agentes do setor seguem ofertando o produto necessário para o abastecimento do país apesar da instabilidade do mercado internacional”.

O Brasil deve ter um déficit em outubro de 115 mil metros cúbicos (m³) de diesel S10A, que será atendido pelos níveis de estoques das distribuidoras, indicou o boletim “Monitoramento do Abastecimento” do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP).

Isso ocorre porque a oferta do produto projetada para o mês, incluindo importações e a produção nas refinarias nacionais, é de 3.274 m³, enquanto a demanda projetada é de 3.389 m³.

“Os agentes do setor seguem ofertando o produto necessário para o abastecimento do país apesar da instabilidade do mercado internacional”, destaca o boletim.

Ao todo, o Brasil deve importar 30 mil m³ em outubro, segundo os dados informados ao IBP pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O boletim ressalva, entretanto, que os números de importação reais podem ser maiores que os projetados, pois o IBP não tem acesso à informação de todos os agentes que atuam na importação de derivados no país.

Piora na oferta devido às sanções à Rússia

O documento aponta ainda que há uma piora na oferta de diesel no mercado internacional nas próximas semanas. No caso do mercado europeu, isso ocorre por causa das sanções à Rússia depois da invasão à Ucrânia e também pela manutenção de refinarias e paradas inesperadas, que reduziram a capacidade no continente.

Segundo o sócio da Leggio Consultoria, Marcus D´Elia, a expectativa é que os níveis de diesel no mundo, que já estão mais baixos que o habitual, possam cair. Ele aponta que a Índia aumentou os impostos para exportação do combustível, e a China limita a quantidade exportada.

“Atualmente, a importação brasileira se concentra nos Estados Unidos, o que acrescenta mais um risco para suprimento de produto neste momento. Com a reorganização das cadeias de suprimento que será causada pela Europa, a tendência é haver menos produto disponível nos EUA”, afirma.

Fonte: Valor Econômico

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