Desempenho do frango (vivo e abatido) na 34ª semana de 2022

A situação do frango vivo é mais grave que a do abatido se baseia no comportamento do mercado um ano atrás, quando as condições de oferta e procura eram muito similares.

Na semana que passou, quarta do mês de agosto e 34ª do corrente exercício, caíram por terra, totalmente, as expectativas de que a despeito do momento do mês (segunda quinzena, quando o poder aquisitivo do consumidor, já fraco, se esvai de vez) frango vivo e abatido mantivessem alguma estabilidade de preço. Não foi o que ocorreu.

O abatido sofreu desvalorização contínua no decorrer da semana recuando, entre o final de uma semana e outra, 2,25%. E como esse processo vem ocorrendo desde a segunda quinzena do mês (o pico de preços do período ocorreu nos dias 8 e 9), o acumulado desde então ultrapassa os 7% – perda média de, praticamente, meio por cento ao dia.

Mas não só isso. Pois, até aqui, em apenas um dia de agosto, o frango abatido alcançou valor superior ao de um ano atrás: no primeiro dia do mês; e ainda assim, registrando valorização mínima (+2,2%). Com isso, a cotação média ora registrada, já inferior à de um mês atrás (-1,36%) se encontra mais de 3% aquém da alcançada no mesmo mês do ano passado.

Pode não parecer, mas bem mais grave é a situação do frango vivo, porquanto seu mercado se encontra semiparalisado. A ponto de, no decorrer da semana, forçar os produtores a ceder três vezes no preço praticado, cada uma implicando na perda de 10 centavos. Com isso, após encerrar a semana retrasada cotado a R$6,10/kg, a ave viva finalizou a quarta semana de agosto cotada R$5,80/kg – redução de cerca de 5% em apenas cinco dias de negócios.

A afirmação de que a situação do frango vivo é mais grave que a do abatido se baseia no comportamento do mercado um ano atrás, quando as condições de oferta e procura eram muito similares às atuais e, ainda assim, os preços permaneceram inalterados não só por todo o mês de agosto, mas por cerca de três meses, entre meados de julho e o início de novembro de 2021. E como, de lá para cá, a oferta permaneceu estável (pode até ter diminuído, pois a produção tem ficado aquém da registrada no ano passado e as exportações têm aumentado), só se pode concluir que tudo se resume ao consumo, muitíssimo mais afetado do que se poderia imaginar.

A chegada, nos próximos dias, de um novo mês tende a alterar esse comportamento. Mas, como em meses anteriores, tudo tende a ser passageiro, sendo pequenas as probabilidades de uma reversão capaz de, pelo menos, levar os preços do frango – tanto do vivo como do abatido – a empatar com os valores de um ano atrás.

Fonte: AviSite
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