EXCELENTE: Recursos do Plano Safra são liberados

O Plano Safra 2022/2023 terá R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. Confira agora a lista de bancos autorizados!

Governo autoriza pagamento de equalização de taxas de juros do Plano Safra, sendo o total de recursos equalizáveis disponibilizados para a atual safra a soma de R$ 115,8 bilhões.

O Ministério da Economia publicou na última terça-feira (19) a Portaria Nº 6.454, que autoriza o pagamento de equalização de taxas de juros em financiamentos rurais, no âmbito do Plano Safra 2022/2023. O total de recursos equalizáveis disponibilizados para a atual safra soma R$ 115,8 bilhões. 

Para apoiar a produção agropecuária nacional, o Plano Safra destina todos os anos recursos para custeio e investimento no setor. São diversos programas de modernização, inovação e sustentabilidade, sempre priorizando os pequenos e médios produtores rurais. Na safra 2022/2023, serão disponibilizados R$ 340,88 bilhões. O valor reflete um aumento de 36% em relação ao Plano anterior. 

A Portaria permitirá que as instituições financeiras iniciem, de imediato, o atendimento da demanda dos produtores rurais por esses recursos, direcionados principalmente para investimentos, no âmbito dos programas de investimento, como por exemplo o Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+), o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), além do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), dentre outros.

A Secretaria do Tesouro Nacional poderá, quando solicitado pelo Mapa, remanejar os limites equalizáveis entre as diferentes categorias de financiamento de que trata a Portaria.

Confira a lista das instituições financeiras contempladas:

  • Banco do Brasil;
  • Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Banrisul;
  • Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG;
  • Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES;
  • Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE;
  • Caixa Econômica Federal – Caixa;
  • Credialiança Cooperativa de Crédito Rural – Credialiança;
  • Credicoamo Crédito Rural Cooperativo – Credicoamo;
  • Confederação Nacional das Cooperativas Centrais de Crédito e Economia – Cresol Confederação;
  • Banco Cooperativo Sicoob S.A. – Sicoob; e
  • Banco Cooperativo Sicredi S.A. – Sicredi.
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O Plano Safra 2022/2023 terá R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. Desse total, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos.

Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e com juros livres R$ 145,18 bilhões. O montante de recursos equalizados cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões na atual safra.

Destaques

Os recursos disponibilizados no âmbito do Pronaf e do Pronamp são integralmente a taxas de juros controladas. Para os demais beneficiários, os recursos controlados correspondem a 29%. 

Outro destaque foi o aumento das subexigibilidades Pronaf e Pronamp, de 22% para 25% e de 28% para 35%, respectivamente, refletindo a prioridade do Plano Safra para os pequenos e médios produtores. 

Valor da Produção Agropecuária de 2022 está estimado em R$ 1,241 trilhão

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022, com base nas informações de junho, atinge R$ 1,241 trilhão, 1,6% acima do obtido em 2021. As lavouras, com faturamento de R$ 875,50 bilhões, foram as principais responsáveis pelo crescimento do VBP, e apresentaram crescimento real de 5,2%. Sua participação no VBP é de 70,0%, e a pecuária 30,0%.

A pecuária teve uma retração de 6,2%, e seu valor é de R$ 365,71 bilhões. Pode-se atribuir esta redução do valor da pecuária à queda dos preços internos que têm-se mostrado acentuada, principalmente para suínos, bovinos e frangos. 

O melhor desempenho do VBP ocorreu em soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Esses são os mais bem classificados entre os produtos analisados.

Os preços têm sido decisivos para esses resultados. Representam 59,4% do VBP total. A esses, somam-se outros, cujo destaque se deve à elevação do VBP, embora os valores absolutos não sejam tão expressivos. Este conjunto é representado por banana, batata-inglesa, feijão, tomate e trigo, que têm peso relevante no IPCA.

Um grupo pequeno de produtos, formado por arroz, cacau, laranja, uva e soja, teve retração do valor da produção, devido a preços mais baixos. Entretanto, para alguns desses, como soja e arroz, a redução se deve à seca, que atingiu Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul

Como tem sido mostrado em relatórios anteriores, o VBP regional é liderado por cinco estados: Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que contribuem com 63,0% do VBP nacional.

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