As exportações de carne bovina para Filipinas, Cingapura e Camboja já bateram recordes anuais de volume, e os embarques para a Tailândia estão em ritmo recorde.
As exportações serão um fator-chave para os mercados de gado e carne bovina dos EUA em 2023. A manutenção da demanda de exportação será influenciada pelo que acontecer nos mercados de câmbio. Os dados de exportação de carne bovina continuam mostrando crescimento geral, mas com um alto nível de incerteza econômica em todo o mundo, já que os ventos contrários permanecem fortes.
As exportações de carne bovina representaram 12,2% da produção anual total em 2021. A participação das exportações aumentou levemente em 2022.
Exportações caíram no final de 2022
Os dados comerciais de novembro mostraram que os níveis mensais de importação de carne bovina dos EUA foram os mais baixos em quase dois anos, enquanto as exportações caíram pelo segundo mês de 2022 com relação ao ano anterior.
As exportações de carne bovina de novembro foram de 125, 64 milhões de quilos, queda de 6,1% em relação a novembro de 2021. Embarques menores foram vistos para a maioria dos principais destinos, com a China caindo 10,7% em relação ao ano anterior, Japão caindo 10,1%, México caindo 5,4% e Coreia do Sul caindo 3,0%. As exportações para o Canadá registraram um aumento de 7,9% em relação ao ano anterior.
O volume de exportação de janeiro a novembro de 2022 foi de 1,48 bilhão de quilos, 4,0% acima do volume recorde de 2021. As exportações acumuladas no ano para o Japão, o principal mercado em volume de carne bovina dos EUA, caíram 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de exportação de janeiro a novembro para a Coreia do Sul aumentou 2,1% e provavelmente quebrará o recorde de volume de 2021 quando os dados de dezembro estiverem disponíveis. As exportações de carne bovina de janeiro a novembro para a China aumentaram 22,3% e já bateram o recorde anual de 2021. Até novembro, as exportações para o México e o Canadá ficaram 11,6% abaixo e 1,6% acima do volume do ano passado, respectivamente.
As exportações de carne bovina para Filipinas, Cingapura e Camboja já bateram recordes anuais de volume, e os embarques para a Tailândia estão em ritmo recorde. O volume de exportação para Taiwan até novembro também está em ritmo recorde e bem posicionado para superar o recorde de 2020.
As importações de carne bovina dos EUA foram de 109,3 milhões de quilos em novembro, uma queda de 18,8% em relação a novembro de 2021, marcando o menor nível de importação mensal desde fevereiro de 2021 (90 milhões de quilos). As importações mais baixas foram devidas a uma queda de 3,6% nos embarques do México, queda de 20,9% na Austrália, queda de 32,1% na Nova Zelândia e queda de 62,6% no Brasil, que mais do que compensou um aumento de 3,2% nos embarques do Canadá.
Até novembro, as importações aumentaram 2,3% em relação ao ano anterior, com o Canadá subindo 1,1%, o México subindo 10,7% e o Brasil subindo 42,0%. No acumulado do ano, as importações de carne bovina da Austrália e da Nova Zelândia caíram 3,4% e 22,9%, respectivamente.
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Perspectivas de exportação de carne bovina dos EUA para 2023
As Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial, preparadas e divulgadas pelo World Agricultural Outlook Board, mostram que as previsões de exportações de carne bovina caíram cerca de 13% em 2023 em comparação com 2022, e as previsões de importações caíram cerca de 1% ― com suas previsões refletindo as realidades de oferta nos Estados Unidos e no exterior.
Um dólar americano mais fraco é necessário para compensar parte do aumento esperado nos preços de exportação. Qualquer fortalecimento contínuo do dólar americano não seria um bom presságio para as exportações. Um dólar americano mais forte significa que os compradores internacionais têm que pagar mais em sua própria moeda para comprar carne bovina dos EUA. Um dólar americano forte também tende a apoiar as importações de carne bovina dos EUA, pois efetivamente reduz o preço dos produtos em outros mercados.
Fonte: BEEF Magazine, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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