Exportações de genética bovina crescem 17% no primeiro semestre de 2022

O Index também aponta crescimento nas coletas. Foram 12.388.198 doses coletadas nos primeiros seis meses de 2022 – um avanço de 15% em comparação com 2021.

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) divulgou, nesta quarta-feira (24), o novo Index ASBIA 1º Semestre 2022. O lançamento do documento foi transmitido em tempo real através da ABCZ TV, canal oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu.

Participaram do lançamento o Presidente da Asbia, Nelson Eduardo Ziehlsforff, o Executivo, Cristiano Botelho, o Presidente do Conselho Consultivo, Márcio Nery, o Gerente de Marketing da Biogénesis Bagó, Carlos Eduardo Godoy, o Diretor de Operações Estratégicas da Genex, Carlos Vivacqua, o Presidente da Seleon, Bruno Grubisich, e o Coordenador de Projetos da Select Sires, Gustavo Freire.

A publicação, que conta com dados municipalizados, foi elaborada a partir de mais de 70 mil informações individuais e atualiza o cenário da inseminação artificial de bovinos no país. O principal destaque da nova edição do relatório é o crescimento das exportações de genética. Foram 470.905 doses exportadas, representando um crescimento de 17% em relação ao mesmo período no ano passado.

“A gente vem num crescimento exponencial das exportações de genética brasileira, o que reforça que todo esse trabalho de melhoramento e investimento em tecnologia e genotipagens vem abrindo novos mercados para o Brasil. A gente vem num crescimento, esse ano, de mais de 30% em relação ao ano passado em volume do produto de corte.

Cada vez mais os nossos vizinhos vêm lançando mão da tecnologia de IA e buscando no criador brasileiro uma resposta para esse melhoramento”, pontua Bruno Grubisich.

O Index também aponta crescimento nas coletas. Foram 12.388.198 doses coletadas nos primeiros seis meses de 2022 – um avanço de 15% em comparação com 2021.

Em contraponto, o documento registra uma pequena retração no comércio de doses de aptidão de corte e leite. Segundo Carlos Vivacqua, os números são reflexo de um movimento natural do setor, que já era esperado.

“Em função de toda essa insegurança que nós tivemos em alguns mercados nacionais durante o primeiro semestre, a gente passa a ter um pequeno declínio do volume de doses de corte comercializadas. Algo ao redor de 5 a 7% de redução. Mas o setor, especificamente, não acredita que a tecnologia, uma vez implantada, vai ter retrocesso. Acreditamos realmente que o segundo semestre será muito pujante pro setor, e que não haverá redução em relação ao total de vendas do ano passado”, diz.

Durante o evento, Gustavo Freire pontuou que a redução na comercialização das doses de leite é efeito decorrente do aumento dos insumos e da crise mundial de oferta, que já era esperado.

Cristiano Botelho reforçou que a desaceleração do comércio de doses também é fruto da utilização do estoque genético remanescente do produtor, que evidencia a dinâmica movimentação do setor.

Aos olhos de Nelson Ziehlsforff, Presidente da Associação, a IA nacional ostenta um amplo potencial de desenvolvimento. “O mercado de inseminação artificial no Brasil, hoje, tem uma perspectiva sem limites. Temos um mar azul a ser explorado.

O que nos dá muita segurança, e especialmente ao pecuarista, é que temos essa responsabilidade muito grande da sustentabilidade, do bem-estar, e seguimos buscando cada vez mais a tecnologia para todos esses pilares estejam a disposição do nosso produtor”, conclui.

Fonte: ASBIA

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