Exportações do agro somam mais de US$ 8 bilhões em novembro

As exportações do setor representaram 46,6% do valor total exportado pelo país no mês. São mais de R$ 8 bilhões de faturamento!

As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 8,21 bilhões em novembro, valor 1% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando a receita foi de (US$ 8,13 bilhões). De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, o crescimento foi sustentado pela expansão do volume embarcado (6%), enquanto o índice de preço caiu 4,7%. As vendas externas do agronegócio representaram 46,6% do valor total exportado pelo Brasil, que foi de US$ 17,60 bilhões (-16%).

Já as importações de produtos do agronegócio, tiveram queda de 8,6% em novembro, com redução do valor adquirido de US$ 1,18 bilhão em novembro de 2018 para US$ 1,08 bilhão para o mesmo mês de 2019.

O levantamento mostra que as exportações de carnes subiram 22,1% em novembro, passando de US$ 1,28 bilhão para US$ 1,56 bilhão em 2019. A demanda chinesa por carnes impulsionou as vendas no mês passado, totalizando US$ 685,94 milhões. A exportações de carne bovina foram recorde de valor e volume para os meses de novembro com expansão do valor exportado em 36,9% em comparação a novembro de 2018, o que resultou em US$ 844,56 milhões vendidos ao exterior no mês passado.

As exportações de carne de frango foram de US$ 530,74 milhões em novembro de 2019 (+3%). Já as vendas de carne suína subiram 43,5% no mesmo período, chegando a US$ 148,39 milhões. A China também foi a principal importadora de carnes de frango e suína brasileira, com US$ 123,88 milhões (frango) ou 23,3% do total exportado e US$ 74,09 milhões (suínos) ou 50% do valor exportado pelo Brasil em novembro.

Milho

As exportações de cereais, farinhas e preparações continuam subindo influenciadas pelas vendas de milho. O setor exportou US$ 780,12 milhões (+13,9%), sendo o milho responsável por US$ 722,54 milhões (+13,7%), ou o equivalente a 4,29 milhões de toneladas. Os embarques de algodão também tiveram desempenho favorável em novembro, com US$ 412 milhões (+12,3%).

O suco de laranja foi outro produto com destaque nas vendas externas com incremento de 174,4%, com embarques de US$ 241,25 milhões.

Queda

o acumulado de janeiro a novembro de 2019 as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 89,33 bilhões, o que representou queda de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações do setor alcançaram a cifra de US$ 12,56 bilhões, valor 2,7% inferior a 2018. Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio foi superavitário em US$ 76,78 bilhões, montante menor do que os US$ 79,89 bilhões que haviam sido registrados no acumulado janeiro-novembro em 2018.

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio brasileiro no acumulado do ano foram: complexo soja (US$ 31,01 bilhões), carnes (US$ 14,83 bilhões), produtos florestais (US$ 12,02 bilhões), cereais, farinhas e preparações (US$ 7,32 bilhões) e complexo sucroalcooleiro (US$ 5,76 bilhões).

Em conjunto esses setores destacados foram responsáveis por 79,4% das vendas externas de produtos agropecuários no acumulado do ano. Em comparação ao ano anterior houve redução da concentração da pauta, visto que os cinco principais setores no período representaram 81,3% do total das exportações do agro.

As exportações do complexo soja registraram queda de 19,5% em valor em relação ao mesmo período do ano anterior. A redução decorreu tanto da redução da quantidade (-9,0%), quanto do preço médio dos produtos do setor (-11,5%). A soja em grãos representou 80,8% do valor em vendas externas do complexo soja, com US$ 25,07 bilhões.

Apesar de ainda ser o maior destino do grão brasileiro, com US$ 19,59 bilhões em aquisições, a China foi também o principal mercado responsável pela queda nas exportações da soja brasileira em relação ao ano anterior, visto que entre janeiro e novembro de 2018, haviam sido exportados US$ 6,13 bilhões a mais ao mercado chinês.

Assim como o grão, houve queda nas exportações de farelo e óleo de soja, tanto em valor, como em quantidade e preço. Foram exportados US$ 5,28 bilhões de farelo (-12,9%) e US$ 666,22 milhões de óleo (-32,9%). No caso do farelo a redução nas vendas se deu principalmente pela queda para o Vietnã (-US$ 251,44 milhões), enquanto a Índia foi responsável pelas perdas no óleo de soja (-US$ 262,36 milhões).

O setor de carnes ocupou a segunda posição no ranking por valor, com a cifra de US$ 14,83 bilhões. As vendas de carne bovina se destacaram, com US$ 6,72 bilhões (valor recorde para o período) e crescimento de 12,7% em relação ao mesmo período em 2018.

Houve incremento de 12,4% na quantidade embarcada do produto (1,49 milhão de toneladas para 1,67 milhão de toneladas, também recorde para o período), além de aumento no preço médio (US$ 4.009 para US$ 4.021 por tonelada).

A China foi o principal destino da carne bovina brasileira, com 32,3% das aquisições (US$ 2,17 bilhões). O país foi, ainda, o principal responsável pela expansão das vendas externas do produto, com ampliação de US$ 812,17 milhões ante 2018. As exportações de carne de frango e carne suína observaram o mesmo desempenho da carne bovina, com aumento em valor, quantum e preço médio.

Houve registro de US$ 6,27 bilhões e 3,74 milhões de toneladas em exportações de carne de frango (+7,5% e +1,8%, respectivamente). A carne suína, por sua vez, aumentou de US$ 1,09 bilhão em 2018 para US$ 1,40 bilhão em 2019 (+29%), além do aumento de 14,2% na quantidade embarcada e de 13,0% no preço médio.

Em seguida se destacaram os produtos florestais, com a cifra de US$ 12,02 bilhões. A celulose, principal produto do setor, representando 58,6% do valor exportado (US$ 7,04 bilhões), registrou recorde na quantidade para o período de janeiro a novembro (14,02 milhões de toneladas).

As exportações de madeiras e suas obras foram 4,3% superiores ao acumulado em 2018, com 6,86 milhões de toneladas. Também houve registro de recorde na quantidade vendida de papel (1,99 milhão de toneladas), a despeito da redução no valor exportado (de US$ 1,84 bilhão para US$ 1,83 bilhão).

As exportações de cereais, farinhas e preparações foram de US$ 7,32 bilhões, dos quais 90,7% foi representado pelo milho. O produto registrou recorde histórico para o período, tanto em valor, quanto em quantidade: US$ 6,64 bilhões e 39,13 milhões de toneladas. Em relação ao mesmo período em 2018 houve crescimento de 101,7% em valor e 102,7% em quantidade. Os países que mais contribuíram para a expansão das exportações brasileiras de milho foram: Japão (+US$ 912,0 milhões), Coreia do Sul (+US$ 451,17 milhões) e Taiwan (US$ 401,75 milhões).

As exportações do complexo sucroalcooleiro somaram US$ 5,76 bilhões, valor 16,9% inferior ao acumulado entre janeiro e novembro de 2018. As vendas de açúcar somaram US$ 4,83 bilhões, o que representou queda de 20,6% ante 2018. Essa redução resultou tanto da diminuição no quantum (19,67 para 16,6 milhões de toneladas), quanto no preço médio (US$ 309 para US$ 291 por tonelada).

Fonte: Globo Rural

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