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França quer obrigar Brasil a indicar origem da carne de frango

Os restaurantes, refeitórios escolares e cantinas na França deverão indicar a origem da carne servida nos pratos a partir de 1º de março.

Os restaurantes, refeitórios escolares e cantinas na França deverão indicar a origem da carne servida nos pratos a partir de 1º de março, segundo um decreto publicado nesta quinta-feira (27) e que amplia a medida já vigente para a carne bovina.

Segundo o Diário Oficial, essa indicação, que deve mencionar o país onde os animais foram criados e onde foram sacrificados, será aplicada também durante uma fase inicial de 2 anos para a carne de aves, de ovelha, suína e de cabra.

“Esperávamos este decreto há dois anos e meio. Os cidadãos querem saber de onde vem a carne que comem no restaurante e se é francesa. Isso os deixa tranquilos”, afirmou Anne Richard, diretora da Inaporc, que reúne o setor suíno. A medida, que só era obrigatória desde 2002 para a carne bovina após a crise da vaca louca, será aplicada para as “carnes que os restaurantes comprarem cruas e não para as carnes compradas já preparadas ou cozidas”, segundo o decreto.

O ministro da Agricultura, Julien Denormandie, explicou recentemente que respondem a uma exigência legítima dos cidadãos que desejam um melhor rastreamento e a “conscientização de que a nutrição tem um impacto muito forte na saúde”.

“Um frango brasileiro ou ucraniano não tem nada a ver com um frango francês, o que vale também para todas as carnes”, declarou nesta quinta-feira Denormandie, que afirmou que “mais de 50%” da carne de aves servida nos restaurantes é importada. O ministro defende a soberania alimentar da França e que a União Europeia (UE) adote medidas para proteger um determinado nível de qualidade contra produtos mais baratos, mas vistos como mais pobres nutricionalmente e mais contaminantes.

“Nos países da América do Sul ainda são usados antibióticos para o crescimento, portanto a contribuição nutricional é diferente e isso afeta diretamente o consumidor”, disse Denormandie, para quem essa é uma luta “econômica e gastronômica”. A medida estará em vigor até 29 de fevereiro de 2024, devido a uma fase de experimentação negociada com a Comissão Europeia.

Fonte: Uol

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