Futuro da Pecuária de Corte no Brasil: Você esta fazendo sua parte?

Demanda mundial por proteína animal está projetada para aumentar em 70% até 2050; pecuarista o que você está fazendo para aumentar a produção da sua fazenda?

Por Alexandre Bispo* – A pecuária de corte no Brasil representa um setor vital não apenas para a economia nacional, mas também para a segurança alimentar global. Com vastas extensões de pastagens, recursos naturais abundantes e um clima favorável, o país se destaca como um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo. Nos últimos três anos, a produção de carne bovina no Brasil tem mantido uma trajetória ascendente, demonstrando um crescimento constante e consistente.

Segundo representantes da FAO, a demanda mundial por proteína animal está projetada para aumentar em 70% até 2050, impulsionada pelo crescimento populacional e pela melhoria dos padrões de vida em países em desenvolvimento. Essa tendência oferece uma oportunidade ímpar para o Brasil expandir sua produção e exportação de carne bovina, tornando-se um pilar essencial na oferta de alimentos para o mundo.

Em 2022, foram produzidas 8,91 milhões de toneladas de carne bovina segundo dados iniciais do IBGE, destacando ainda mais a importância econômica e estratégica desse setor para o país.

Fazenda-Progresso- Paraiso do Tocantins - Alexandre Bispo
Foto: Fazenda Progresso

No entanto, para atender a essa demanda crescente de forma sustentável, é crucial investir em melhorias genéticas por meio da utilização de touros melhoradores. A seleção criteriosa de animais com características desejáveis, como maior ganho de peso, conversão alimentar eficiente e resistência a doenças, pode resultar em rebanhos mais produtivos e rentáveis. Além disso, a implementação de técnicas avançadas de manejo sanitário é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar dos animais, reduzindo perdas por doenças e aumentando a eficiência produtiva.

Outro aspecto essencial para o futuro da pecuária de corte no Brasil é o desenvolvimento e adoção de técnicas de manejo de pastagens mais eficientes e sustentáveis. O manejo adequado do pasto, incluindo rotação de pastagens, adubação balanceada e controle de invasoras, pode aumentar significativamente a capacidade de suporte do rebanho, melhorar a qualidade da forragem e reduzir a degradação ambiental. Além disso, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) surge como uma estratégia promissora para maximizar a produtividade das áreas de pastagem, ao mesmo tempo em que se promove a conservação do solo e a recuperação de áreas degradadas.

Ao investir em melhorias genéticas, manejo sanitário e técnicas de pastagem, o Brasil pode aumentar sua eficiência na produção de carne bovina, consolidando sua posição como um país estratégico para a segurança alimentar mundial. Além de contribuir para o abastecimento global de alimentos, a pecuária de corte sustentável e inovadora também pode gerar benefícios socioeconômicos para as comunidades rurais, promovendo o desenvolvimento econômico e a inclusão social.

Em suma, o futuro da pecuária de corte no Brasil está intrinsecamente ligado à adoção de práticas sustentáveis e inovadoras. Ao investir em genética de touros melhoradores, manejo sanitário eficiente e técnicas avançadas de pastagem, o país pode não apenas aumentar sua produtividade e competitividade no mercado global, mas também desempenhar um papel crucial na garantia da segurança alimentar para as gerações futuras.

Alexandre Bispo é Economista, Pecuárista, Produtor Rural e titular da Fazenda Progresso de Paraíso do Tocantis, TO

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