Gripe Aviária se expande pela América Latina e causa preocupações no Brasil

Além da Guatemala na América Central, Chile, Uruguai, Venezuela e Argentina já estão com surtos da gripe H5N1, inclusive detectada em mamíferos.

Apesar de ser conhecida nacionalmente como gripe aviária, o vírus H5N1 pode infectar outros animais, incluindo mamíferos. É o que aponta a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em comunicado divulgado este mês. A entidade internacional cita, ainda, que apesar de atingir principalmente aves silvestres, o avanço da doença pode provocar outros problemas. Um deles, por exemplo, é ampliar a insegurança alimentar em todo o planeta. E, além disso, atrapalhar o trabalho de produtores rurais.

Países como Guatemala, Chile e Argentina já estão tomando providências quanto ao surto do vírus nos países. A Guatemala, país da América Central, registrou um surto de gripe aviária altamente patogênica H5N1. O vírus foi identificado em aves selvagens na parte leste do país. Segundo a agência de notícias Reuters, o vírus mortal foi detectado em 11 pelicanos marrons selvagens. Em relatório, a OMSA citou as autoridades da Guatemala em relação aos dados da doença no país americano.

Nos últimos dias, a gripe aviária atingiu novos locais e se tornou endêmica pela primeira vez em algumas aves selvagens que transmitem o vírus às aves domésticas, disseram especialistas. Somente nesta semana, dois vizinhos do país relataram os primeiros casos da doença: Argentina e Uruguai. No caso uruguaio, a vítima foi um cisne.

Para o diretor da Efficienza, Fábio Pizzamiglio, essas notícias criam um sinal de alerta para o governo brasileiro. “Isso gera uma preocupação para o comércio exterior brasileiro. A primeira delas é em relação à expansão do vírus para o nosso território, isso poderá ser malvisto para a nossa importação de produtos da agropecuária. Além disso, também temos o aspecto de produção, que pode ser altamente afetada neste momento”, afirmou.

Autoridades de saúde chilenas detectaram o primeiro caso de gripe aviária altamente patogênica (HPAI) em um mamífero marinho depois que um leão-marinho de 250 quilos foi encontrado encalhado em uma praia do norte com problemas respiratórios. Até o momento, foram notificados focos da doença em países vizinhos como Colômbia, Equador, Venezuela, Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Em alguns desses países, como Bolívia, Peru e Equador, os casos foram registrados em animais de granjas comerciais. Nos demais países, as notificações foram reportadas em aves silvestres.

O Brasil, maior exportador mundial de aves, ainda não detectou nenhum caso, mas autoridades já estão em alerta sobre possíveis transmissões. Segundo declarações do Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a vigilância será reforçada e nenhum trânsito de carga será paralisado nas fronteiras e prometeu uma fiscalização mais rígida. Os casos suspeitos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram descartados.

“Precisamos de medidas sérias do Governo Federal, principalmente ações que evitem a propagação desse vírus no território nacional. Também devemos utilizar os mecanismos da diplomacia para evitar que nossos produtos sejam malvistos nos nossos principais mercados, como é o caso da China”, completou Pizzamiglio.

Fonte: Assessoria Efficienza

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM