Lula chama invasor de terra de bandido e ‘ofende’ o MST

Durante o último debate de ontem (16) Lula disse que “Quem invade é bandido. Quem invade está transgredindo a lei, e isso vai acabar. Isso vai acabar. Não tem conversa mole”. E agora MST?

Os candidatos à Presidência, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), participaram de debate na TV Band neste domingo, 16, o primeiro do segundo das eleições de 2022. O programa foi promovido em conjunto com a TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo. De forma resumida, o atual Presidente conseguiu sair vitorioso do debate, se portando de forma tranquila e objetiva. Já Lula, não conseguiu responder sobre o tema de “corrupção” de forma clara. Mas o que mais chamou atenção e teve o apreço do agro, foi sua fala sobre tipificar os invasores de terras como bandidos!

Outro momento que precisa ser ressaltado do debate: “Você não fez nada, Lula. Em 14 anos, você não fez nada. Está prometendo que vai fazer pela Amazônia agora? Você não fez nada! Você passeou por aí, nas suas viagens, mas nada além disso”, ressaltou Bolsonaro, ao lembrar sobre o Governo do PT.

Todos sabem que o candidato petista é defensor do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), além do que, o movimento se tornou um dos braços do partido ao longo dos anos. As declarações do principal líder do MST, João Pedro Stedile, prevê o retorno de “mobilizações de massa” caso o ex-presidente Lula saia vitorioso das eleições de outubro.

Entretanto, no debate de ontem, segundo alguns comentaristas, o ex-presidente acabou cometendo um erro ao dizer que invasor de terra é bandido. Mas a sua fala ganhou apreço do time do agronegócio, que se encontra cansado dessas invasões sem cabimento.

“O homem de negócio sério não invade. Eu digo para vocês: o verdadeiro, o homem do agronegócio, não invade. Quem invade é bandido. Quem invade está transgredindo a lei, e isso vai acabar. Isso vai acabar. Não tem conversa mole”, disso o candidato.

Durante o debate, Lula tentou colocar Bolsonaro contra a parede quanto a questão do desmatamento e queimadas na área da Amazônia. Entretanto, sem parecer conhecer os dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), o candidato do PT acabou se complicando.

Foto Divulgação. Fonte: Gazeta do Povo

“Porque tinha uma coisa que a gente cuidava que você não cuida, que era a questão do clima. Foi no nosso governo o menor desmatamento da Amazônia. Foi no nosso governo. E o seu é o maior todo ano. Vocês estão brincando de desmatar, vocês estão brincando de abrir cerca, vocês estão brincando de derrubar árvore, vocês vão ver o que vai acontecer com o comércio brasileiro, porque o brasileiro do agronegócio que é sério, aquele que quer ganhar dinheiro, aquele que quer exportar, sabe que não pode invadir a Amazônia. Então, nós vamos ganhar as eleições para poder cuidar da Amazônia“, disse Lula em seu tempo livre no terceiro bloco do debate na BAND.

Pois bem, vamos aos fatos. Em resposta, Bolsonaro pediu para que o telespectador em casa desse um Google (expressão usada para a se buscar alguma informação na internet). “Dá um Google em casa aí: “Desmatamento 2003 a 2006”, quatro anos do governo Lula. Depois dá um Google: “Desmatamento, Jair Bolsonaro, 2019 a 22”. No seu governo foi desmatado mais do que o dobro do que o meu. Dá um Google em casa.”

Desmatamento durante os mandados presidenciais

Os dados apresentados no gráfico abaixo, copilados pelo @economistavisual , traz os dados do PRODES referentes ao desmatamento da Floresta Amazônica, considerando a área em km².

Como é possível observar, durante o Governo do PT, que defende ter garantido a preservação da floresta, é possível verificar que a área desmatada durante os dois primeiros anos (2003/2004) é o dobro do que foi verificado em todo o período que Bolsonaro esteve à frente do comando da nação, cerca de 33.000 km².

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM