Aos 90 anos de idade, empresária e Rainha do Agro, faz parte do seleto grupo de mulheres presentes no ranking de bilionários da Forbes Brasil em 2022; Conheça sua história (e veja como seguir seus passos)!
Dentre as figuras que ajudaram a aumentar a presença feminina na lista dos bilionários da Forbes Brasil em 2022 deste ano, está Lucia Borges Maggi, uma das personalidades mais notáveis do agronegócio brasileiro. Com uma fortuna estimada em U$$7,4 bilhões (cerca de R$36,9 bilhões), a empresária aparece em sexto lugar dentre as mulheres mais ricas do Brasil e ocupa a 50º posição na lista geral de brasileiros. Conheça a história da Rainha do Agro (e veja como seguir seus passos)!
Após divulgar, em abril, o 36º ranking anual das pessoas mais ricas do planeta, a Forbes publicou, recentemente, a lista dos maiores bilionários do Brasil em 2022. Em ambos os anuários, a predominância masculina é notável.
Para se ter ideia, dos 284 nomes que compõem o ranking de bilionários brasileiros em 2022, apenas 58 são mulheres. “Um recorte modesto, mas um avanço frente seis anos atrás, quando a presença feminina se limitava a 32 nomes”, diz a revista.
Mas como ela chegou até aqui? É o que te contamos abaixo.
Lucia Maggi é a mulher mais rica do Brasil. Ela é cofundadora do Grupo André Maggi, conhecido simplesmente como Amaggi. A companhia é uma das maiores produtoras de soja do Brasil, assim também como de outras commodities.
Lucia Borges Maggi, atualmente com 90 anos, é natural do Rio Grande do Sul, mas reside em Rondonópolis, cidade do Mato Grosso. Viúva e mãe de cinco filhos, Maggi construiu sua fortuna no agronegócio e é a principal acionista da empresa Amaggi.
De empresa familiar a uma das maiores empresas de commodities da América Latina
Lucia Maggi é co-fundadora e membro do conselhoda Amaggi, uma das principais exportadoras de soja do mundo. A história da empresa começou em 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR) – quando Lúcia e seu marido, André Maggi, fundaram a Sementes Maggi, uma empresa inicialmente especializada no plantio e comércio de soja.
Dois anos depois, o casal adquiriu sua primeira propriedade em Mato Grosso e mudou a sede da organização para Rondonópolis, cidade a 210 km da capital do estado. Aos poucos, a dupla começou a expandir as áreas de atuação do negócio e decidiu investir em outras commodities também. Começava, assim, a transformação da companhia em um dos maiores impérios do agronegócio brasileiro.
Desde a morte de seu marido, em 2001, Lucia Maggi (deixando Lucia Maggi como principal acionista da empresa) atua como membro consultivo do conselho de administração da empresa – que, em 2008, iniciou seu processo de internacionalização com a abertura do primeiro escritório comercial no exterior, em Roterdã, na Holanda.
Hoje sob o nome Amaggi, a empresa é responsável pelo processamento e comercialização de grãos, geração de energia elétrica e operações logísticas – e é considerada uma das principais exportadoras de soja do mundo. Na safra 2020, foram mais de 1 milhão de toneladas de grãos e fibras produzidos em aproximadamente 258 mil hectares.
O crescimento da Amaggi é inegável. Somente em janeiro de 2022, a empresa se expandiu a ponto de estar presente na lista das 13 maiores empresas do agronegócio do Brasil, segundo informações da Forbes. Nesse caso, a receita da companhia passou a ser de cerca de R$ 23,51 bilhões.
Vida de Lucia Maggi, a Rainha do Agro
Ao lado dos seus 5 filhos, Lucia Maggi administra uma fortuna de US$ 6,9 bilhões, tornando-se a mulher mais rica do Brasil. Mas além de um importante nome como empresária, ela também atua em seus trabalhos filantrópicos.
Inicialmente junto de seu marido e posteriormente atuando sozinha, a empresária tem a Fundação André e Lucia Maggi, que promove ações de assistência social, educação, meio ambiente e afins.
Fábrica de milionários?
A família Maggi está longe de ser a única a construir um império com base no agronegócio. Dos 290 nomes presentes na lista de pessoas mais ricas este ano, 54 são ligados ao setor. Isso significa que praticamente 20% dos bilionários do país vêm do agro – o que não é de se estranhar, dada a relevância histórica do setor para a economia do país.
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Locomotiva da economia nacional durante a pandemia, o agronegócio chegou a representar cerca de 30% do PIB do país em 2021 e, ao que tudo indica, continua representando um terreno fértil para o surgimento de carreiras e negócios milionários.
Não à toa, o setor foi um dos 10 mais citados por especialistas no relatório World Wealth Report, da consultoria Capgemini, que listou as áreas com maior probabilidade de gerar milionários na próxima década.