Os preços da nova safra de milho devem ser menores que os do trigo.
PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) – Pela primeira vez em um ano, os preços do milho no importante centro de Shandong, na China, caíram nesta semana para os mesmos níveis do trigo, levando alguns produtores de ração a voltarem a usar mais do grão amarelo, disseram traders e analistas.
Os preços do milho em locais importantes de alimentação animal, como a província de Shandong, foram negociados com um raro prêmio sustentado em relação ao trigo durante a maior parte do ano passado. Isso porque contratempos na produção de milho e uma redução nos estoques no ano passado levaram a uma queda na oferta que empurrou os preços domésticos para níveis recordes.
O milho caro, por sua vez, estimulou os usuários industriais de milho a procurar alternativas, com alguns locais passando a usar volumes recordes de trigo para ração.
No entanto, com os preços locais do milho agora caindo à medida que a safra de 2021 avança, a vantagem do preço do trigo em relação ao milho praticamente desapareceu.
“O uso de trigo na alimentação em geral deve cair ainda mais”, disse Li Hongchao, analista da Myagric.com, uma consultoria agrícola. “Os preços da nova safra de milho devem ser menores que os do trigo”, afirmou Li.
Os preços do milho na província de Shandong, um centro de pecuária no norte da China, estavam em 2.600 iuanes por tonelada na quinta-feira, queda de 15% em relação às máximas de março e abaixo dos preços do trigo na mesma região.
- Formulação inteligente desbloqueia potencial dos biopesticidas na agricultura
 - SovEcon eleva projeção para exportações de trigo da Rússia
 - Caixa abre nesta segunda contratações do programa Reforma Casa Brasil
 - Prejuízo: Temporal causa destruição e prejuízos à produção agropecuária no Oeste do Paraná; vídeo
 - USDA divulgará relatório de oferta e demanda nos EUA em 14 de novembro
 
“Não existe lealdade. Nós apenas olhamos os preços”, disse um gerente de compras de um produtor de gado do norte da China que reduziu o uso de trigo em sua ração recentemente para 5%, ante 10% anteriormente.
“Usamos mais milho porque os preços do milho caíram”, disse o gerente, que não quis ser identificado por não ter autorização para falar com a mídia.
Fonte: Reuters