Agência de Agropecuária da BA faz alerta para o surgimento de moscas que matam animais e até humanos; O grande impacto negativo é alarmante e ascende o alerta!
Um poderoso vetor de transmissão de doenças tem se multiplicado por várias regiões da Bahia e os produtores contabilizam os prejuízos dos reincidentes ataques que já ultrapassam noventa dias, tempo muito maior do que o registrado em anos anteriores.
É a mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans), que molesta gado, equinos, galináceos, cachorros, gatos e também o ser humano com picadas dolorosas e capazes de provocar definhamento e até a morte das vítimas que perdem peso rapidamente.
O diretor geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Maurício Bacelar, informou que tem intensificado a realização de blitzes fixas e móveis para averiguar o transporte correto e a apresentação das Guias de Transporte Residuais (GTR) das camas-de-aviário.
Os especialistas reforçam que nos períodos chuvosos, quando são registradas alta umidade e baixa temperatura, também é alta a proliferação dos insetos, considerados vampiros, pois se alimentam do sangue das vítimas, especialmente os animais de criação.
Ações educativas também estão programadas, a exemplo da distribuição de folders orientando o manejo adequado para conter a proliferação da espécie, responsável ainda pelo ataque às lavouras de mamão, café, cana-de-açúcar, entre outras culturas em Belmonte, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Teixeira de Freitas, Valença, Tancredo Neves, Mucuri e outras cidades.
Ataque da mosca-do-estábulo causa morte de gado em propriedades
Segundo os produtores, mais de 150 animais morreram do ataque das moscas este ano na região. Muitos criadores têm desistido da criação. É comum encontrar pastos abandonados que antes serviam de alimento para o gado e que agora viraram depósito de ossos dos animais mortos.
O criador Júnior da Silva perdeu nos últimos dias 15 cabeças de gado. Fotos mostram alguns animais tomados por moscas.
Em outro sítio, a caseira Nilva Firmino também registrou o ataque das moscas. A parede da casa ficou repleta do inseto. “Elas juntam em cima de você e te picam. Doi, sangra. Pra tirar leite elas estão te picado, picando a vaca. A gente teve vontade de desistir porque o animal começa a morrer”, diz.
- Como instalar a Starlink no carro de forma segura e com melhor custo-benefício
- Produtor rural: se você não fizer isso em 2026, sua atividade estará em risco
- Oscar da Pecuária: conheça os homenageados pela ACNB na Nelore Fest 2025
- Mapa acompanha importação de rinoceronte no Aeroporto de Viracopos
- Cidade gera mais de US$ 1 bilhão no coração do Brasil e é segunda maior produtora de grãos



Os pesquisadores advertem que produtos comerciais com o princípio ativo têm demonstrado eficácia reduzida em surtos do inseto.
“É de se esperar que ao longo dos anos ocorra a seleção de moscas resistentes, é uma seleção genética. A pesquisa confirmou que essa situação já é uma realidade complexa e de difícil reversão”, afirma Thadeu Barros, veterinário e entomologista da Embrapa, responsável pelo estudo de avaliação da suscetibilidade de adultos e larvas a inseticidas.
A mosca-dos-estábulos tem aproximadamente o tamanho e a aparência geral de uma mosca comum, alimentando-se principalmente de mamíferos, como equinos, suínos e bovinos, além de picar os cães e o próprio homem.
- Mongólia: conheça o país onde os cavalos ainda moldam a história
- Produtor cadeirante desafiou o impossível e transformou um deserto em fazenda produtiva
- Imagem viraliza ou mostrar bovino resistindo ao frio de -37 °C em Yellowstone; veja
- Conheça o irmão de Elon Musk que virou “fazendeiro” e está revolucionando a agricultura
- Conheça a rede de bar “Agrobar”, que conquistou o sertanejo Luan Pereira e o fez virar dono
O dano direto causado pela picada dolorosa causa irritação e perda de sangue dos animais, que podem diminuir o peso entre 15% e 20% e provocar uma queda de até 60% na produção de leite.
Ainda não existem estimativas sobre os prejuízos indiretos, os quais incluem a transmissão de patógenos, problemas reprodutivos e mortalidade por doenças secundárias, dentre outros.
Fonte: Bnews